Pernambuco, da capital ao interior, possui uma cultura e manifestações artísticas muito ricas e diversificadas. Dentre elas, podemos destacar o Coco de Roda, que é típico da região Nordeste em geral, e pode ser visto facilmente tradicionalmente durante o ciclo junino, mas também é dançado em outras épocas e festividades do ano.
Sua origem data do século XVI, onde acredita-se que tenha surgido dentro dos engenhos e depois levado para o litoral. Foi criado a partir dos batuques e umbigadas de origem africana, além das trocas de experiências com indígenas. Outra crença, é de que que o ritmo tenha surgido através do canto dos tiradores de coco no ambiente de trabalho e depois, com a popularização, passou a ser dançado.
O coco pode ser dançado em pares, filas ou rodas e suas características mais marcantes são as batidas dos pés – descalços ou com calçados de madeira – que imitam o barulho do coco sendo quebrado, as expressões corporais e palmas. Uma figura importante dentro do coco de roda é o coquista, ou mestre “cantadô”, que puxa versos já conhecidos pelos participantes ou improvisados.
Os instrumentos mais utilizados são os de percussão como ganzá, pandeiro, caracaxás, bombos, cuícas e zabumbas e não é necessário uma vestimenta própria para dançar, entretanto, chapéus de palha são frequentemente usados pelos homens e grandes saias estampadas pelas mulheres.