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O déficit da licenciatura e a bacharelização na rede pública de ensino

Cada vez mais professores com grau de bacharelado estão atuando nos ensinos básicos, fundamental e médio

às 18h49
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Um dos últimos levantamentos do Ministério da Educação (MEC) aponta que apenas 53% dos professores de química da rede pública no nível básico possuem licenciatura em química, já no ensino médio, já a parcela de professores atuantes no ensino médio com bacharelado é de quase 40%. O estudo revela também que a licenciatura cresce insatisfatoriamente no ponto de vista dos especialistas, pouco mais de 14% ao ano.

Os diferenciais dos cursos de licenciaturas estão na grade curricular de viés pedagógico, metodologia de ensino, gestão educacional e toda abordagem com didáticas nas ementas. Deste modo os licenciandos passam por um grau de formação específico para participar dos processos de ensino-aprendizagem em todos os níveis da educação.

O déficit da rede pública de ensino sofrido pela falta deste profissional dificulta o processo de ensino-aprendizagem do ensino básico, o que deve refletir também nos próximos anos de ensino fundamental e médio. A longo prazo, pode ser determinante nos dados de ingresso em cursos de nível superior e profissionalizantes.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional o artigo 62 regulamenta que apenas pessoas com formação mínima em cursos de licenciatura estão aptas a exercer a docência em instituições de ensino básico.

Mas a bacharelização dos professores que hoje atuam nas redes públicas de ensino pode ser vista pelos especialistas em educação que o fator determinante é a desvalorização dos professores. Salários muito baixos, jornadas de trabalho muito cansativas e muitas vezes em ambientes de pouquíssima infraestrutura ou nenhuma conservação. Para eles, a estabilidade como servidor público municipal ou estadual não é mais atrativo para lecionar, grande parte escolhe o bacharelado e em sequência fazer um mestrado – curso de pós graduação que habilita o bacharel como professor, podendo atuar do ensino mais básico ao de graduação.

Vale ressaltar que em 2007, um estudo apresentado pela Comissão Especial instaurada no Conselho Nacional de Educação (CNE) já alertava para um apagão da docência, caso nenhuma medida emergencial fosse tomada para sanar o déficit. 

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