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Nutrição na infância: atenção extra é necessária

Os primeiros mil dias definem muitos aspectos relativos à nossa saúde e à nossa maneira de ser, o que exige mais atenção para a alimentação das crianças

às 15h35
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Alimentar e nutrir crianças nem sempre é simples. Da amamentação ao final da infância, são muitas descobertas e mudanças no paladar que desafiam mães, pais e cuidadores na elaboração de um cardápio que ofereça os nutrientes necessários para o crescimento saudável. Não bastasse isso, os doces, balas e refrigerantes estão aí para atrapalhar o processo.

Muitos aspectos relativos à nossa saúde e até à personalidade são definidos nos primeiros mil dias de vida de uma criança, que correspondem aos primeiros três anos. Esta é uma ideia que vem sendo trabalhada há cerca de uma década, a partir de várias descobertas sobre a relevância da gestação e dos primeiros anos da criança.

Aceitação de alimentos

Manter uma dieta balanceada é o ideal familiar. Frutas e verduras, quantias adequadas de gorduras, proteínas, vitaminas e minerais, evitar industrializados, refrigerantes e optar por produtos integrais, é o que quase toda mãe já sabe. Mas como estimular seu consumo sem tornar a hora da refeição um tormento doméstico? Como equilibrar o oferecimento e aceitação de alimentos?

Quando há dificuldade de superar as tentativas, talvez seja hora de buscar ajuda profissional de um nutricionista especializado em infância. Cada criança e sua família têm suas necessidades particulares. Por isso, não existe  uma regra universal que vale para todos indiscriminadamente. O aconselhamento nutricional ajuda com as dúvidas e dificuldades alimentares do bebê ou da criança.

Consulta nutricional

A depender de cada caso, a consulta nutricional para crianças pode incluir exames específicos que vão avaliar vários indicadores, incluindo o estado nutricional e o ritmo de crescimento. A rotina alimentar e a ingestão de nutrientes também serão investigadas e o profissional pode fazer um relatório nutricional individualizado com recomendações para cada caso.

O nutricionista trabalha também com a educação ou reeducação alimentar e nutricional, que também vai ser adaptada para cada fase do crescimento e desenvolvimento infantil. É comum o profissional informar receitas, cardápios e rotinas alimentares de acordo com as necessidades apresentadas pelo paciente criança e sua família.

É importante ressaltar que o nutricionista não vai impor nem desconsiderar hábitos alimentares relativos às crenças, cultura e preferências como, por exemplo, famílias vegetarianas e veganas. Todo o trabalho com os bebês e as crianças é integrado à dinâmica da família e a situações de sua vivência. A atuação do nutricionista não substitui a ida regular ao pediatra, mas complementa o trabalho do médico.  

Saúde na infância

O Brasil possui um conjunto de regulamentações reunidas na Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), que tem o objetivo de assegurar o uso apropriado desses produtos, de modo a não interferirem na prática do aleitamento materno. A norma regula a divulgação e rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-nascidos e crianças de até três anos de idade, como leites, papinhas, chupetas e mamadeiras. 

Também está disponível na internet um Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos, publicado pelo Ministério da Saúde, com orientações para promover a saúde dos pequenos. São ferramentas de apoio às famílias nessa missão fundamental em todas as etapas da vida, mas especialmente na infância e nos primeiros anos de vida, diante da forte pressão da multibilionária indústria alimentícia para o consumo de fórmulas, compostos lácteos e alimentos ultraprocessados.  

Asscom | Grupo Tiradentes

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