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Inflação de bolso: mais dinheiro gasto e menos produtos no carrinho

Estimativa do Banco Central é de que a inflação do Brasil ficará em torno de 8,8% em 2022

às 13h56
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A ida ao supermercado está se tornando cada vez mais complicada na rotina dos brasileiros, isso se deve ao fato do aumento no preço dos produtos que fazem parte da cesta básica. Infelizmente, é um cenário familiar para muitas pessoas. Um exemplo é o da inflação durante o governo de José Sarney, em que os consumidores chegavam ao supermercado pela manhã e encontravam produtos com determinado valor, mas, quando iam à noite, o valor tinha aumentado repentinamente. Ao fim do governo, a inflação no Brasil chegou a 1972,91%.

O Banco Central fez uma estimativa de que a inflação do Brasil ficará em torno de 8,8% em 2022, mas isso não significa que a variação do preço dos produtos fique nessa porcentagem porque mesmo existindo uma média, alguns sobem mais. Um novo termo que vem sendo bastante discutido dentro da economia é a inflação de bolso, que é a diferença que existe entre a inflação oficial e a variação encontrada no comércio. “Uma analogia para melhor compreensão da inflação de bolso é quando se fala das condições do clima: existe a medição oficial, 20°C, por exemplo, e existe a sensação térmica que inclui outros fatores e cria essa variação.”, diz Werson Kaval, economista e professor da Unit-PE. 

Essa inflação é sentida de maneira diferente por cada pessoa e faz com que os consumidores criem estratégias para driblar essa alta de preços. Kaval explica que é necessário pegar o planejamento que é feito na cabeça e levar para o papel: pesquisar preços mais baixos, substituir produtos, listar quanto você recebe e quanto pode gastar em cada área, além de ler atentamente os rótulos para que não sejam pegos de surpresa pela “maquiagem de produtos” – quando há uma diminuição na quantidade da embalagem para compensar o preço.

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