A busca por mais simplicidade continua sendo uma tendência em 2021. Caracterizada pela utilização de design limpo, com poucos elementos e presença de formas geométricas, o conceito de arquitetura minimalista valoriza as cores primárias, formas e elementos. Não se trata apenas de estética, mas também de uma filosofia que se reflete em diferentes aspectos da vida.
Quem a adota leva essa perspectiva para o universo da arquitetura e da decoração no visual austero, com poucos produtos e projeto bem funcional e confortável. Nesse período que as pessoas passaram mais tempo dentro de casa, houve crescimento da preocupação com o ambiente interno e a organização do seu espaço íntimo.
O estilo minimalista é muito utilizado na arquitetura e na decoração. Evidencia as prioridades de quem tem consciência em relação ao consumo, pensamento que se harmoniza com a sustentabilidade ecológica. A ideia é manter na vida apenas o que realmente é importante, desapegando-se do que não for essencial. Materiais, cores e texturas ganham protagonismo, dispensando os adornos.
Também conhecida como estética do silêncio, ela representa bem a preocupação de um público que cresce: o das pessoas engajadas nas discussões contemporâneas sobre meio ambiente e bem-estar. É a consciência da responsabilidade das escolhas individuais que se refletem em toda a sociedade.
Principais características
Para esse estilo, a simplicidade é a norma, mas isso não deve ser confundido com simplório, pois alcançar o potencial máximo que o estilo pode proporcionar não é algo tão fácil. O conceito está sempre aliado à sofisticação e é respeitado na forma e no espaço, tendo algumas características sempre presentes, tais como: estruturas limpas, formas geométricas simples, iluminação natural e pouca ornamentação.
O vazio dos espaços e a simplicidade são itens valorizados, mas o objetivo é alcançar alto padrão arquitetônico baseado em cores primárias, planos retilíneos e formas geométricas, ressaltando a funcionalidade e retirando o que é supérfluo. Na decoração, são poucos os objetos, os móveis também são reduzidos ao essencial, e as cores são sóbrias e neutras.
O deconstrutivismo, uma corrente do minimalismo, potencializa essas ideias em projetos com formas decompostas e pureza estética. São estruturas simplificadas, que valorizam os volumes, uso de vidro, aço e concreto, explorando suas propriedades plásticas. A arquitetura minimalista questiona os conceitos tradicionais e desafia arquitetos e designers a definir com precisão o que é primordial.
História do estilo
De forma resumida podemos dizer que o movimento minimalista surgido no século XX foi inspirado no cubismo de De Stijl e Bauhaus, dois movimentos arquitetônicos que marcaram a década de 1920. Da arte e do design, inspirou a arquitetura no pós-modernismo, algum tempo depois das artes plásticas, através de importantes nomes deste segmento, como os holandeses Theo Van Doesburg e Gerrit Rietveld.
Os arquitetos incorporam o minimalismo, por meio da influência de grandes artistas e representam um verdadeiro estilo de vida. Ela foi sintetizada pelo arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe com a expressão “menos é mais”, utilizada até os dias atuais para identificar o estilo que une simplicidade e sofisticação.
Entre muitos arquitetos renomados que adotaram o estilo minimalista está o do brasileiro Oscar Niemeyer, bastante conhecido especialmente por seu projeto mais conhecido: Brasília, a capital projetada do país. As curvas de seus projetos são fonte de inspiração e referência para diferentes gerações de profissionais da arquitetura.
Contemporaneamente, a estética pode ser encontrada também na literatura e na música, porém sua história dentro da arte de uma forma geral envolve conceitos e influências complexos, que merecem um aprofundamento por quem se interessa pelo assunto.
Asscom | Grupo Tiradentes