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Economia será mais movimentada com aumento do salário mínimo

Estudo aponta que reajuste a ser pago em maio vai injetar cerca de R$ 9,5 bilhões na economia brasileira, representando um aumento real em relação à inflação

às 14h52
O aumento do salário mínimo deve injetar recursos principalmente nas camadas mais pobres da população e nos setores de necessidade básica (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O aumento do salário mínimo deve injetar recursos principalmente nas camadas mais pobres da população e nos setores de necessidade básica (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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Está previsto para o próximo dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, a entrada em vigor de um novo valor para o salário mínimo. Ele passará a ser de R$ 1.320,00, com R$ 18,00 a mais em relação ao de R$ 1.302,00 que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano. O aumento definido pelo governo federal gera uma expectativa de injeção de cerca de R$ 9,5 bilhões em novos recursos na economia brasileira, segundo levantamento divulgado em fevereiro pelo Instituto Locomotiva. 

Este será o segundo reajuste salarial aplicado ao mínimo em 2023, sendo que o primeiro é justamente o que foi dado no início de janeiro – e foi definido ao final do ano passado, quando o mínimo era de R$ 1.212,00. Os dois aumentos somam um total de R$ 108,00 e representam um crescimento de 8,9% e um aumento real de 2,8%, descontando-se a inflação e considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O economista Ítalo Spinelli da Cruz, professor do curso de Administração da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), acredita que o aumento tem uma representação significativa em termos de ganhos reais, apesar de seu valor ser relativamente pequeno. “Nos últimos quatro anos, o poder de compra do salário mínimo foi reduzido, diante do cenário inflacionário, e os aumentos salariais não foram capazes de recompor as perdas do poder de compra dado os aumentos de preços”, explicou.

O mesmo estudo do Locomotiva estima que os R$ 108,00 acrescidos ao mínimo desde janeiro representam uma movimentação adicional de até R$ 78 bilhões na economia. Esses cálculos baseiam-se no contingente de 60,3 milhões de pessoas que têm rendimento equivalente ao salário mínimo, como empregados, empregadores, autônomos, e beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). 

Para Ítalo, tais aumentos geram uma injeção de recursos para o primeiro segmento de famílias (50% mais pobres), aumentando sua propensão a consumir e estimulando a economia como um todo, mas principalmente na compra de alimentos, roupas, medicamentos e outros itens de necessidade básica, em pequenos e médios estabelecimentos. “A retomada da valorização do salário mínimo a partir de 2023, pode ocasionar em efeitos econômicos positivos, porém o contexto econômico, o controle inflacionário, e a formulação de políticas públicas menos regressivas em relação à distribuição de renda e do funcionamento da atividade econômica, serão importantes para que estes efeitos sobre a economia sejam evidenciados”, pondera. 

Asscom | Grupo Tiradentes
com informações de Agência Câmara e Bandnews FM

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