Você certamente já ouviu falar em Selic, CDI, TR ou IPCA. Estas são algumas das taxas de juros, adotadas pelo sistema financeiro para determinar a remuneração de capital que foi investido ou emprestado junto a um banco, empresa ou uma instituição financeira. Esses juros, mais os encargos e correções são acrescidos aos valores pagos ou recebidos por essas instituições, mas também têm em si o condão de determinar o funcionamento da política econômica do país – e, por consequência, como vai girar a roda da economia.
“No mundo das finanças, os juros são a remuneração do capital. Tomando como base o lado do emprestador, é o retorno financeiro pelo risco assumido pelo investidor. A taxa de juros é o indicador financeiro que irá determinar o valor dos juros de um montante aplicado. É uma espécie de ‘aluguel’ do dinheiro emprestado”, define o professor Emanuel Lucas de Barros, dos cursos de Administração e Contabilidade do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas).
Existem hoje no Brasil uma série de taxas e índices de referência para fixação dos juros, mas quatro delas se destacam como principais, incluindo três que são definidas periodicamente pelo Banco Central do Brasil. A principal delas é a Taxa Selic, cuja sigla quer dizer Sistema Especial de Liquidação e de Custódia e se refere a uma estrutura interna responsável por transacionar os títulos públicos federais.
Considerada como a taxa básica de juros do país, ela influi diretamente no controle da inflação, a partir de uma maior ou menor circulação de dinheiro, e é definida em reuniões mensais do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), a partir de fatores como a inflação e o crescimento do país. “Em geral, o Banco Central determina a taxa Selic com base na expectativa de mercado e na política monetária que o governo quer atingir também”, diz o professor.
A própria inflação é definida a partir do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e adotado como índice oficial de inflação do Brasil. Ele mensura a variação nos preços de todos os produtos do país, a partir de grupos específicos, e também acaba sendo considerado na definição da taxa Selic.
Praticamente junto com a Selic, o BC também define o DI (Depósito Interfinanceiro), também conhecido como CDI, uma taxa de juros que representa a média de todas as taxas praticadas por instituições financeiras nas operações que são realizadas entre elas. A autoridade monetária também calcula diariamente a TR (Taxa Referencial), utilizada para o rendimento das cadernetas de poupança e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Asscom | Grupo Tiradentes