A educação ambiental é parte integrante e importante da formação em Pedagogia, especialmente na licenciatura, que levará esse conteúdo para a sala de aula desde os primeiros anos da educação infantil. A questão ambiental, que tem na crise climática seu ponto máximo de preocupação internacional, deve ser conteúdo inter e transdisciplinar dentro das escolas.
É algo que já vem acontecendo há várias décadas, visto que a sociedade já conhece a relevância do debate sobre a abordagem crítica quanto ao comportamento da humanidade e sua relação com a natureza. As crianças têm aprendido desde cedo uma visão consciente sobre a responsabilidade de todos quanto ao meio ambiente.
Entendendo a educação ambiental, entre outros conceitos possíveis, como o aprendizado para compreender, apreciar, saber lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade, é possível perceber como a disciplina reflete na formação de futuros professores. Os educadores da educação básica precisam estar bem preparados nesta temática, desde o Curso de Pedagogia.
Graduação
É essencial que a educação ambiental seja trabalhada de forma ampla nos cursos de Pedagogia. Alunos bem preparados nesta graduação terão melhores condições de desenvolver o tema com maior propriedade, contribuindo para que as presentes e futuras gerações tenham o direito de viver em uma sociedade mais justa e socioambientalmente equilibrada.
Para que este objetivo seja alcançado, é importante que a formação superior proporcione ao aluno as bases filosóficas e também econômicas de sustentabilidade e conscientização. A educação ambiental é um planejamento de futuro, que considera o comportamento como causador das principais problemáticas da humanidade, de modo que uma mudança de consciência e de atitude poderá gerar resultados mais favoráveis.
EA no mundo
A proposta de Educação Ambiental surgiu para o mundo em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo (Suécia). Considerado o primeiro evento mundial em torno das questões ambientais, ele discutiu e questionou, pela primeira vez, a relação entre seres humanos com a natureza em nível internacional.
Nesta conferência, essas discussões começaram a ser incorporadas pela educação, e a Educação Ambiental (EA) passou a ser reconhecida como elemento fundamental para o combate à crise ambiental. Desde então, e de forma gradativa, ela tem sido incorporada em iniciativas de educação formal, informal, corporativa e institucional, alcançando uma infinidade de pessoas ao redor do mundo.
O tratado de Educação Ambiental para a sociedade sustentável foi um dos resultados da ECO-92, Fórum Global das Organizações Não Governamentais. Ecologistas e educadores ambientais de todo o mundo reuniram-se em 1992, no Rio de Janeiro (RJ), para discutir, entre outros temas, os caminhos da educação ambiental para o mundo. Após muitas deliberações, o tratado reconheceu “o papal central da educação na formação de valores e na ação social”.
Além disso, os signatários do documento se comprometeram com o processo educativo transformador. A partir daquele momento, a Educação Ambiental estabeleceu-se como um importante instrumento de conscientização para uma efetiva participação da sociedade nas tomadas de decisão.
EA no Brasil
A Lei nº 9.795 de 1999 instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental no Brasil, que envolve, além dos órgãos e entidades do sistema nacional de meio ambiente, as instituições educacionais públicas e privadas, órgãos públicos da União, Estados e municípios, ONGs e a sociedade como um todo.
Esta legislação conceitua a Educação Ambiental como “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
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