Para quem almeja ter um melhor desempenho nos estudos, manter uma alimentação saudável, equilibrada e uma boa hidratação são os melhores aliados. Isso porque, segundo especialistas, o hábito de consumir alimentos funcionais e de tomar bastante água oferece nutrientes importantes para a manutenção do funcionamento normal do organismo, favorecendo a manutenção de substâncias bioativas com funções específicas que proporcionam o aumento da disposição e da concentração nos estudos.
Entre os alimentos que ajudam a turbinar o raciocínio, ganhar foco e preservar as lembranças, estão o espinafre, o brócolis, o abacate, o suco de uva, o azeite de oliva, chás, peixes, nozes, castanhas e o chocolate amargo. “Os alimentos de origem vegetal, por exemplo, são ricos em vitaminas e minerais, antioxidantes e ricos em vitaminas do complexo B, que auxiliam na comunicação entre os neurônios, potencializando a memória”, ressalta a professora Sybelle de Araújo Cavalcante, docente do curso de Nutrição e Coordenadora Operacional dos cursos de Enfermagem e Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas).
Já o ômega 3, que está presente em peixes como, sardinha, salmão, arenque e cavala, que também exercem função sobre o sistema nervoso, melhoram a concentração e o aprendizado. “Outros nutrientes como o ferro, que está presente nas carnes, e os nitratos, que estão no repolho, na beterraba, na gema do ovo e na soja, são importantes para potencializar a disposição e a concentração para os estudos”, destacou a professora, reforçando que manter uma alimentação equilibrada e bastante hidratação favorece o desempenho nos estudos.
O poder dos antioxidantes
As hortaliças de coloração verde-escura concentram um mix de substâncias parceiras do sistema nervoso. Dentre elas, o destaque é o espinafre, pois ele fornece bastante luteína, que faz parte de uma família de pigmentos conhecida como carotenóides. Esse componente contribui muito para a saúde cerebral. Inclusive, um estudo com 60 pessoas feito pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, apontou que os maiores consumidores de luteína apresentavam memória e raciocínio mais afiados por causa da alta capacidade antioxidante do composto.
Combater o excesso de radicais livres é uma estratégia primordial para a cabeça, já que o estresse oxidativo abre as portas para danos aos neurônios e às perdas cognitivas. Além do espinafre, a couve, a rúcula e os brócolis fornecem ácido fólico, vitamina que resguarda o cérebro e ajuda a reduzir o risco de demências.
“Os vegetais verde escuros (espinafre, rúcula, brócolis) ricos em antioxidantes, luteína e outras vitaminas, auxiliam a concentração preservando a saúde do cérebro. As frutas em geral e principalmente as amarelas, ricas em carotenoides (mamão, caqui) e vitamina C (laranja, limão, caju) previnem o estresse oxidativo, contribuindo assim para a saúde do cérebro e concentração”, disse Ariana Amaral, coordenadora pedagógica do curso de Nutrição da Unit Alagoas.
Gorduras amigas do cérebro
Apesar de ser muito calórico, o abacate é rico em vitaminas B6, B12, C e E, além de selênio, luteína, colina e outros compostos fundamentais para os neurônios. A consistência do abacate é que denuncia seu alto teor de gordura, mas é uma gordura considerada das boas, pois trata-se da monoinsaturada, que protege as artérias, garantindo um ótimo fluxo sanguíneo, inclusive para o cérebro.
Um estudo americano aponta uma ligação desse tipo gorduroso com a melhor funcionalidade de uma área cerebral que tem papel crucial na concentração e no aprendizado. A conclusão é que o nutriente aperfeiçoa as conexões entre os neurônios presentes na chamada rede de atenção dorsal do cérebro. Essa gordura boa também é encontrada no azeite de oliva, na amêndoa, no amendoim, na castanha-do-pará, no gergelim e no óleo de canola.
Asscom | Grupo Tiradentes