Superando o sertanejo, a pisadinha se tornou o ritmo mais ouvido no Brasil, fazendo “pareia” com ela, o forró é o ritmo mais ouvido no Nordeste, precisamente nas capitais de Sergipe (Aracaju), Alagoas (Maceió) e Pernambuco (Recife), e ainda predomina. Passando por muitas variações, a mais recente é o forró de vaquejada, mas nos últimos 30 anos, o forró eletrônico era o queridinho dos nordestinos com letras que falavam de amor. E o romance nunca deixou de estar nas paradas de sucesso.
Os dados são compilados pelo site Every Noise at Once, construído como uma nuvem gigante de estilos musicais e que possui mais de 1400 cadastrados. Eles mostram que Aracaju teve os ritmos forró, brega funk e axé como os três mais tocados. Em Maceió, nos últimos três meses, o brega-funk, o pagode e o funk também têm dominado as playlists das rádios e do YouTube, de acordo com dados da plataforma de vídeos levantados pela Agência Tatu. Já para os recifenses, além do forró e do brega-funk, o funk carioca tem um cantinho especial nas plataformas de streaming.
As revelações musicais mais ouvidas da plataforma de música digital Sua Música, a mais popular entre os nordestinos, são João Gomes, Zé Vaqueiro e Yuri Pressão. Eles representam o chamado Forró de Vaquejada, ritmo derivado do forró raiz, com influências do brega e do funk, que está em ascensão por enaltecer o homem do campo que lida com o gado de uma forma moderna.
O pernambucano João Gomes já alcançou 1,3 milhões de seguidores no TikTok (dados de 23/08/2021), seus vídeos alcançaram 774,8 milhões de visualizações e entre as músicas mais famosas da plataforma estão Meu Pedaço de Pecado (93.8k vídeos com o som), Se For Amor (88.7k vídeos com o som), Aquelas Coisas (27.3k vídeos com o som) e Eu Tenho a Senha (14.7k vídeos com o som).
Impactos da covid-19 na música
O impacto da pandemia de Covid-19, que atingiu fortemente a indústria do lazer musical, com a parada dos shows musicais também atingiu a arrecadação de direitos autorais de execução pública de música com uma queda de 19% em 2020, afetando diretamente milhares de compositores, intérpretes e músicos que vivem da música, aponta o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD). A mesma aconteceu em outros estados, com percentuais médios muito próximos representando uma queda geral de 15%.
Asscom | Grupo Tiradentes