Quem ingressa na vida universitária e se envolve com o mundo da ciência, através da iniciação científica, ouve muito falar em atividades de pesquisa e inovação. Mas há diferenças entre esses termos? Sim. Apesar de ambos se referirem à busca de um objetivo comum, de trazer respostas e soluções novas para os desafios que enfrentamos na nossa existência e no nosso cotidiano, os termos têm significados completamente diferentes.
Em síntese, a pesquisa é o desenvolvimento de um estudo teórico ou experimental que busca novos aprendizados ou conhecimentos. Ela pode ser uma pesquisa básica, cujos objetivos têm relação com fatos observáveis e que não tem nenhuma pretensão de aplicá-los de fato nessa primeira etapa. Ou pode ser uma pesquisa aplicada: com foco na obtenção de metas práticas e específicas para chegar a novos conhecimentos.
Já a inovação tecnológica é a feitura de pesquisas para a confecção de novos processos de fabricação ou de produtos, além de desenvolver ferramentas e funções inseridas, melhorando a eficácia, a produtividade e a qualidade de produtos ou serviços oferecidos pelas instituições. Há nele ainda um outro ramo: o do desenvolvimento experimental, cujos projetos e pesquisas se propõem a criar novos dispositivos para produtos, materiais, sistemas, processos e serviços inovadores, mas com base em informações e conhecimentos já existentes.
A diferenciação aparece de forma mais clara na configuração das bolsas e programas de incentivo e financiamento. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal agência pública de fomento à ciência no Brasil, faz essa diferenciação. De um lado, está o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), existente desde 1951, e voltado às pesquisas em geral. E do outro, está o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), fundado em 2006 e voltado para as áreas de tecnologia e de inovação para as empresas.
Os formatos do CNPq são repetidos nas fundações estaduais de amparo à pesquisa (como a Fapitec/SE, a Fapeal/AL e a Facepe/PE) e nas próprias universidades, sejam públicas ou particulares. Nas unidades do Grupo Tiradentes, existem também os Programas de Bolsas de Iniciação, organizados com normas e critérios semelhantes aos do CNPq, e que também se subdividem nas áreas de Iniciação Científica (Probic/Unit, criado em 1998) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Probiti/Unit, ativo desde 2008).
Isso também se aplica nos programas voluntários de iniciação, igualmente mantidos pelo Grupo Tiradentes e abertos a estudantes que queiram participar de trabalhos de pesquisa e inovação, sem necessariamente ter acesso a bolsas. São os Programas Institucionais Voluntários de Iniciação Científica (Provic/Unit) e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, o (Proviti/Unit).
Tanto nos programas de bolsas quanto nos de voluntariado, os objetivos são os mesmos. O Probic e o Provic buscam incentivar o aluno de graduação a participar ativamente em projetos de pesquisa com qualidade acadêmica, mérito científico e orientação adequada, com vistas à continuidade de sua formação, de modo particular na pós-graduação. Já o Probiti e o Proviti se propõem a estimular estudantes do ensino superior ao desenvolvimento e transferência de novas tecnologias e inovação, contribuir para a formação e engajamento de recursos humanos para atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, e para a formação de recursos humanos que trabalharão para fortalecer a capacidade inovadora das empresas no país.
Asscom | Grupo Tiradentes
com informações da Anpei