A urbanização de amplos espaços territoriais, desde o início desse formato, sempre demandou políticas de organização dessas áreas, de modo a sanar problemas habitacionais, sanitários e de deslocamento decorrentes. Planejamento urbano e regional é a atividade exercida pelo arquiteto urbanista, cada vez mais necessário diante das grandes concentrações populacionais nas cidades.
Urbis, palavra latina que significa cidade, é a origem do termo originário do urbanismo. Atualmente é considerada uma disciplina técnica da graduação em Arquitetura. O conceito surgiu na Europa em meados do século XX e em 1949, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou o 8 de novembro como Dia Mundial do Urbanismo, que entrou para o calendário de 30 países, incluindo o Brasil.
A data remete à preocupação destes profissionais em pensar soluções para o espaço urbano. Isso inclui, além dos itens básicos já mencionados, as soluções de lazer, de áreas verdes e regiões caminháveis. O objetivo de um bom urbanismo é contribuir para uma maior integração dos elementos que compõem uma comunidade.
Desafios e riscos
O rápido crescimento das cidades é o principal desafio. A ONU projeta para o ano de 2050 que dois terços da população do mundo viverá nas cidades. Cuidar do meio ambiente no espaço urbano é outra questão já consolidada e muito considerada em qualquer planejamento, até mesmo por ser uma exigência da população, cada dia mais consciente desta questão.
Nesse aspecto em particular, o urbanismo leva em conta diversificados aspectos que dirão se determinada região oferece boa estrutura populacional do ponto de vista socioambiental. Com estas perspectivas, os profissionais veem a urgência de planejar espaços que comportem esse crescimento, porém preservando e dotando a cidade de equipamentos que beneficiem a vida das pessoas que nela habitarão.
Outra questão importante é a especulação imobiliária em relação aos melhores terrenos ainda disponíveis na área urbana. O que se objetiva é o melhor aproveitamento e o maior lucro possível nas ações de compra e venda.
No Brasil, o planejamento urbano é feito com base nas leis de Uso e Ocupação do Solo e nos Planos Diretores municipais, instrumentos que buscam regular esse crescimento da cidade, tentando resolver as questões urbanísticas inerentes. Urbanistas atuam como condutores desses processos, seja na discussão, na elaboração ou na consultoria para sua elaboração.
Novo Urbanismo
Dentro de um conceito chamado de Novo Urbanismo, as cidades que dependem menos do transporte privado, contam com parques e espaços públicos, têm bairros onde se pode caminhar, e são projetadas de uma maneira mais próxima à escala humana tendem a ser favorecidas e bem recebidas pelas pessoas que a habitam.
Esta estratégia de planejamento tem sido elogiada e criticada desde seu surgimento enquanto proposta, na década de 1990 nos Estados Unidos. Trata-se de um movimento que defende a ideia de que o ambiente físico pode ter impacto direto no oferecimento de vidas mais prósperas e felizes aos habitantes. A Carta do Novo Urbanismo, lançada em 1996, estabeleceu os princípios do movimento.
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