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Trombose merece cuidados para evitar complicações

Doença afetou quase 490 mil brasileiros entre 2012 e 2023

às 15h14
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A trombose acontece quando há a formação de um coágulo (trombo) em algum vaso sanguíneo do corpo, o que pode limitar o fluxo sanguíneo. A trombose venosa, o tipo mais comum, afetou quase 490 mil brasileiros entre os anos de 2012 e 2023, segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). A doença, no entanto, muitas vezes é silenciosa, o que leva a uma subnotificação dos casos e a falta de tratamento adequado, mas ela pode ser prevenida.

Os coágulos são formados pelas plaquetas, também chamadas de trombócitos, que são células do sangue responsáveis pela coagulação sanguínea. Em condições normais, eles impedem sangramentos. No caso da trombose, esses coágulos se formam na corrente sanguínea, sem que haja sangramento. Isso pode acontecer por diversos motivos, como lesões nas paredes dos vasos, cirurgias, ficar muito tempo parado, obesidade, tabagismo, uso de anticoncepcionais, gravidez, e também por fatores hereditários. Pessoas com mais de 40 anos de idade também têm mais chances de desenvolver a doença.

Sintomas

Dentre os principais sintomas da trombose está a dor e a sensibilidade ao toque na região afetada. Além disso, é muito comum que haja inchaço na região, vasos sanguíneos aparentes, rigidez da pele e do local acometido, desconforto para movimentação, calor na região e pele azulada, arroxeada, escura ou pálida. Em alguns casos, o trombo pode acabar migrando para o pulmão, causando a embolia pulmonar. Nesse caso, o paciente pode sentir dificuldades para respirar, dor nas costas, dor no peito ou desconforto, principalmente ao tossir ou espirrar, palpitações, pressão baixa ou cansaço.

Tipos

A trombose pode ser dividida em alguns tipos. O mais comum é a trombose venosa, em que o trombo se forma em alguma veia (vaso sanguíneo que leva o sangue de volta para o coração). A maior parte dos casos acontece nas pernas e não é grave, embora haja o risco de embolia pulmonar. Quando o trombo se forma em uma artéria (vaso sanguíneo que leva o sangue do coração para os tecidos), o risco é bem maior. Com a limitação do fluxo de sangue para o corpo, as partes afetadas passam a receber menos nutrientes e podem gangrenar. Além disso, a depender do local em que o coágulo se forma, existem outros riscos: no cérebro, pode causar AVC, e nas artérias coronárias, infarto.

Tratamento e prevenção

O tratamento da trombose tem três objetivos principais: diminuir o trombo, impedir que ele vá para outras partes do corpo (principalmente os pulmões), e prevenir a reincidência. Após criteriosa avaliação médica, em geral inicia-se o tratamento medicamentoso, que consiste no uso de remédios que controlam a coagulação do sangue, chamados de anticoagulantes. Em casos mais graves, como na embolia pulmonar, podem ser utilizados medicamentos trombolíticos, que dissolvem o trombo. Até mesmo cirurgia para retirada do coágulo pode ser realizada, a depender do caso. A longo prazo, podem ser usados os anticoagulantes, para evitar que o paciente volte a ter trombose.

Medidas para a prevenção da trombose incluem a prática de exercícios físicos, uma dieta balanceada, e a hidratação. Atividades físicas estimulam a circulação sanguínea e, aliadas à alimentação saudável, ajudam no controle do peso corporal, evitando a obesidade. Já a desidratação também é um fator de risco para a formação de coágulos. Além disso, é recomendado movimentar o corpo, em especial as pernas, sempre que possível. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro também ajuda a prevenir o aparecimento da doença.

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