Da primeira apresentação, no palco da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, em janeiro de 1970, lá se vão 50 anos de história do Quinteto Violado, grupo símbolo da modernidade na música nordestina.
Foi exatamente em janeiro daquele ano, que se apresentaram pela primeira vez os amigos Toinho Alves (1943 – 2008) (voz e baixo), Fernando Filizola (viola), Marcelo Melo (voz, viola e violão), Luciano Pimentel (1941 – 2003) (percussão) e Alexandre dos Anjos, o Sando (flauta). Nesta ocasião, o grupo ainda não era conhecido com o nome que literalmente deu sorte ao quinteto.
O batismo, por assim dizer, ocorreu em outubro de 1971, durante uma apresentação no Teatro Nova Jerusalém, espaço ao ar livre do distrito de Fazenda Nova, município de Brejo da Madre de Deus (PE), quando o grupo foi caracterizado por Robinson Pacheco, filho do idealizador do teatro, como ‘violados’. É por esse motivo que os 50 anos são celebrados agora, em 2021.
A formação atual é composta por Dudu Alves, tecladista e diretor musical do Quinteto Violado, Ciano Alves (flauta), Marcelo Melo (voz, violão e único remanescente da constituição original da banda), Roberto Medeiros (bateria) e Sandro Lins (baixo), substituto de Toinho Alves no toque do baixo a partir de 2010.
O grupo marcou época com uma discografia que atingiu o auge artístico ao longo dos anos 1970, década em que foram lançados os principais álbuns: Quinteto Violado (1972), Berra boi (1973), A feira (1974), Folguedo (1975), Missa do Vaqueiro (1976), Antologia do baião (1977), Até a Amazônia?! (1978) e Pilogamia do baião (1979).
Nos arranjos do quinteto, há referências tanto da música dita erudita quanto dos folguedos populares do Nordeste brasileiro, entre outros elementos que fazem do som dos ‘violados’ ser nordestino em sua essência, mas cosmopolita na harmonia.
Asscom | Grupo Tiradentes