”No fim da tarde de 8 de novembro de 1895, quando todos haviam encerrado a jornada de trabalho, o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923) continuava no seu pequeno laboratório, sob os olhares atentos do seu servente.
Enquanto Roentgen, naquela sala escura, se ocupava com a observação da condução de eletricidade através de um tubo de Crookes, o servente, em alto estado de excitação, chamou-lhe a atenção: “Professor, olhe a tela!”.
Nas proximidades do tubo de vácuo havia uma tela coberta com platinocianeto de bário, sobre a qual projetava-se uma inesperada luminosidade, resultante da fluorescência do material. Roentgen girou a tela, de modo que a face sem o material fluorescente ficasse de frente para o tubo de Crookes; ainda assim ele observou a fluorescência. Foi então que resolveu colocar sua mão na frente do tubo, vendo seus ossos projetados na tela. Roentgen observava, pela primeira vez, aquilo que passou a ser denominado raios X.” (Fonte: Física Moderna – Disponível em https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s01.html).
Foi com o relato histórico da descoberta dos raios-x, que alunos da graduação em Radiologia, da Faculdade Integrada de Pernambuco – UNIT participaram de uma mesa redonda intitulada “Portaria 453 – Desafios e ética na proteção radiológica em serviços de Saúde”.
O encontro ocorreu ontem (08), no auditório do Anexo Saúde II, na Caxangá, e teve como objetivo principal abordar os principais avanços e perspectivas da proteção radiológica no Brasil nos últimos 18 anos, baseadas na Portaria 458/98.
O normativo estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional.
Na mesa, estiveram presentes os professores do curso de Radiologia, Max Well Caetano, Joelan Ângelo, Marcos Ely e Kleber Costa.
As discussões giraram em torno da aplicação da Portaria, e no seu atual estado de defasagem em relação aos avanços tecnológicos na área de Radiologia e a ausência de citações ao tecnólogo em Radiologia.
Um dos pontos altos do debate foi à atuação dos profissionais tecnólogos em Radiologia. Temas que geram repercussão como a jornada de trabalho e nicho profissional, contaram com a participação dos alunos.
“Acreditamos que esse tipo de discussão é pertinente para área acadêmica pois, o aluno de hoje será o profissional do amanhã, e há uma necessidade de construção, através de debates como esse, de uma Radiologia mais consciente e unida” – salientou o coordenador do curso de Radiologia, da UNIT, professor Carlos Eduardo.