O coordenador de Extensão – COPEX, professor Pedro Procópio, e a gestora do UNIT Idiomas, professora Suzana Paulino, acabam de publicar um artigo sobre um dos símbolos do carnaval pernambucano, o Homem da Meia-Noite.
Intitulado “Carnaval e Folkmarketing nas ladeiras de Olinda: um estudo de caso do (mitológico) homem da meia-noite”, o texto foi apresentado na Revista Internacional de Folkcomunicação, uma das referências do meio acadêmico.
Tudo teve início quando Procópio foi orientador de uma pesquisa realizada por Veridiana Gonzaga, moradora de Olinda e interessada em falar sobre sua cultura. Daí surgiu a ideia de explorar o Homem da Meia-Noite não somente como símbolo do carnaval e cultura local há 80 anos, mas também como figura mercadológica centrada no Folkmarketing.
O Folkmarketing é usado no processo de comunicação de empresas ou figuras regionais. Trata-se de um conjunto de apropriações das culturas populares com o objetivo comunicacional de viabilizar produtos e serviços de uma organização para o seu público-alvo.
Sendo assim, o objetivo foi estudar as estratégias e ações que o Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite usa para arrecadar fundos e se manter durante o ano. Como por exemplo, a instalação anual de stand no shopping para comercialização de produtos com a marca do ícone das ladeiras de Olinda.
Com isso ele “deixa de ser apenas folclore e passa a gerar economia e emprego”, afirma o professor Pedro Procópio. Nesse ponto encontra-se a importância do Folkmarketing para o Homem da Meia Noite, já que não se olha mais para ele com relevância meramente para a cultura, mas também como algo positivo para a economia.