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Outubro Rosa reforça prevenção ao câncer de mama

Aluna da Unit-PE conseguiu a cura graças ao diagnóstico precoce

às 14h58
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O Outubro Rosa é uma campanha que reforça os cuidados e a prevenção ao câncer de mama, tipo de tumor que mais mata mulheres no Brasil. Mesmo com a alta letalidade, as chances de cura chegam a 98% se a doença for descoberta nos estágios iniciais. Por isso, a iniciativa chama atenção para a importância de práticas como o autoexame e a mamografia, que são essenciais para o diagnóstico precoce. Esse foi o caso de Maria Andrea Silva, estudante do 1º período de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão.

O diagnóstico

Hoje, aos 60 anos de idade, a aluna está livre do câncer. Mas foi em 2015 que Maria Andrea descobriu a doença, através do autoexame. “Naquele período, existia muita propaganda na TV estimulando a fazer o autoexame de mama. Mas eu só decidi fazer quando tomei a decisão de fazer um check-up geral, porque estava de mudança para João Pessoa. Ao fazer o autoexame, percebi um carocinho no peito direito. Fui ao mastologista, e ele mandou fazer um exame de punção mamária”, conta.

Os resultados do exame indicaram a presença de um carcinoma, um tipo de tumor maligno. O médico, então, indicou Maria a procurar um cirurgião. “Então voltei a Recife, para fazer todo o tratamento. No primeiro cirurgião, foi a única vez que chorei. Ele falou que iria me mutilar! Fui em outro cirurgião indicado por uma pessoa, ‘o anjo’, para ter um segundo diagnóstico. E foi um alívio, pois o médico oncológico me falou que poderia fazer a quadrantectomia, que é um procedimento que tira somente o tumor”, relata.

O tratamento

Na cirurgia, o pedaço do tecido foi retirado, para avaliar a existência ou não de metástase, ou seja, espalhamento do tumor pelo corpo. “Como a doença foi diagnosticada em estágios iniciais, eu não tive o diagnóstico de metástase. Graças a Deus! Penso que não foi sorte, que foi primeiro Deus, depois toda a agilidade, desde o autoexame até tirar o tumor”, diz. Mesmo assim, foi necessário continuar o tratamento, que durou, ao todo, oito anos. “Fiz cinco quimioterapias, em seguida 28 radioterapias. E, para concluir essa etapa, passei sete anos tomando remédio”, acrescenta.

“Eu me mantive firme, pois sabia que hoje existe tratamento de câncer. Era também uma mistura de apreensão, mas não de desespero. ‘E agora!?”. Não tinha o que fazer, precisava somente correr para seguir com o tratamento e superar todas as etapas”, comenta. Ao final do tratamento, Maria segue com acompanhamento oncológico, apesar de estar livre da doença. “Mesmo não tendo metástase, preciso ir ao médico oncologista de 6 em 6 meses, fazer consultas e exames laboratoriais e diagnósticos para identificar se tem alguma alteração no tratamento”, pontua.

Embarque Digital 

Hoje, Maria se sente bem, mas confessa que “o processo em geral foi um pouco desgastante, no sentido físico.  Somos seres humanos imperfeitos e, por isso, temos altos e baixos, mas devemos alimentar pensamentos positivos e acreditar que tudo vai dar certo!”. Para o futuro, a estudante pretende se tornar uma boa profissional de tecnologia. “Como sou do Embarque Digital, tenho que cumprir o estágio de dois anos e depois pretendo ir para Portugal, pois tenho um sobrinho que já está lá, e ele será a minha referência para colocar a minha qualificação em prática”, afirma. 

Sobre o Outubro Rosa

O Outubro Rosa surgiu nos anos 1990, por iniciativa da Fundação Susan G. Komen, uma instituição que luta, há 42 anos, contra o câncer de mama. No Brasil, são esperados 73 mil novos casos de câncer de mama entre os anos de 2023 e 2025, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para garantir um melhor tratamento e uma maior chance de cura, a campanha relembra, durante todo o mês de outubro, a importância do autoexame e de realizar exames de rotina, como a mamografia.

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