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Novembro azul: o papel da fisioterapia após a retirada da próstata

Benefícios do tratamento fisioterápico pélvico após a cirurgia de prostatectomia; fisioterapia ajuda a minimizar consequências incômodas no pós-operatório

às 12h04
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Dentro das campanhas de saúde dos meses coloridos, novembro é azul e trabalha a conscientização dos homens quanto ao câncer de próstata, a segunda principal causa de óbito por esta doença desse público, atrás do de pulmão. Com sintomas iniciais silenciosos, muitas vezes é diagnosticado em estágio avançado que requer, entre outros tratamentos, a prostatectomia, cirurgia de retirada da próstata. 

Quem passou por esse procedimento pode apresentar situações que, mesmo sendo passageiras na grande maioria das vezes, são muito incômodas e angustiantes. A incontinência urinária é uma delas, representada por qualquer perda involuntária de urina. Não importa a quantidade: toda perda urinária merece atenção, pois significa um problema de saúde.

Nem todos os homens que passaram pela cirurgia ficarão incontinentes, mas isso afeta os que a apresentam, principalmente na qualidade de vida e na autoestima. A sua duração ou intensidade varia de acordo com cada paciente, segundo suas condições prévias de saúde, podendo ser de dias, semanas, meses ou em alguns casos, até mesmo anos. 

Fisioterapia pélvica

Se a incontinência persistir por mais de duas semanas, é hora de conversar com o médico, que pode encaminhar para um fisioterapeuta pélvico. A incontinência urinária tem cura e a fisioterapia pélvica é considerada internacionalmente como a primeira linha de tratamento para esse problema. E quanto mais cedo for iniciada, mais rápida poderá ser a recuperação. 

Esta modalidade pode ajudar na diminuição do tempo de recuperação de disfunções do pós-operatório. Se o homem for orientado por um fisioterapeuta ainda no pré-operatório, os benefícios podem ser ainda maiores. Porém, em todos os casos, a prostatectomia altera o mecanismo natural da continência urinária masculina, devido a modificação da fisiologia interna. 

O papel do fisioterapeuta pélvico entra em ação, ajudando a fortalecer o músculo do períneo com um treinamento adequado para a função de conter o xixi na bexiga, além de acelerar a recuperação de outras funções comprometidas após a cirurgia. 

Atenção e cuidado

E o tempo é muito variado, estando diretamente relacionado à participação do paciente no treinamento fisioterápico e o correto seguimento em casa conforme orientação prestada no consultório. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento com a fisioterapia pélvica no pré ou pós-operatório de retirada da próstata, maiores as chances de sucesso. 

A incontinência urinária não deve ser menosprezada, pois ela pode trazer outras consequências ruins como as infecções de urina de repetição, irritação da pele da região íntima, entre outros inconvenientes de ordem prática dentro da rotina doméstica. Se a situação se prolongar, pode inclusive levar a alguns sintomas psicológicos, como ansiedade, insônia, tristeza, vergonha, busca por isolamento social e afetivo, chegando até mesmo a um quadro de depressão.

Asscom | Grupo Tiradentes 

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