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João Cabral de Melo Neto: o poeta recifense

Conhecido em todo o Brasil, ele é autor de obras importantes e tema de exposição no museu Cais do Sertão

às 13h09
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Poeta e diplomata recifense, João Cabral de Melo Neto (1920-1999) teve grande destaque no campo da literatura e da escrita no Brasil: considerado um dos maiores escritores e autor de versos marcantes, únicos e singulares, ele marcou a história do país com suas obras. 

Trajetória

João Cabral de Melo Neto nasceu em 1920, em Recife, e desde sempre se envolveu com o mundo da leitura e da escrita. Com 17 anos, passou a frequentar a roda literária do tradicional Café Lafayette de Pernambuco – nessas visitas, ele aprendeu bastante sobre diversas obras e estilos – isso o motivou a expandir os horizontes: nos anos 40, ele se mudou para o Rio de Janeiro, e com 25 anos, passou em concurso no Itamaraty e iniciou sua carreira como diplomata. 

Obras

Foi em 1942 que seu primeiro livro foi publicado. Intitulado Pedra do Sono, é uma seleção de poemas surrealistas – o tema é onírico, com vários símbolos e atmosferas diversas. No ano seguinte, ele escreveu Os Três Mal-Amados, que tem três personagens principais que representam diferentes visões do mundo. E não parou por aí: são mais de 20 obras publicadas. Mas foi em 1955 que ele fez a obra da sua vida, que o fez ficar conhecido em todo o Brasil. O livro Morte e Vida Severina é um clássico atual, que até hoje é discutido, relembrado e considerado um dos maiores do gênero – são poemas regionalistas e modernistas, que contam, de forma dramática, a história de Severino, retirante que parte do sertão em busca de uma vida melhor na capital pernambucana. 

Estilo 

Em seus poemas, o escritor trabalhou bastante a dualidade, com uma poesia construtivista, popular, comunicativa e objetiva, além do uso de sentidos, com forte expressão e linguagem elaborada. O surrealismo também está presente, sendo mais forte nas suas obras iniciais. 

Legado

João Cabral de Melo Neto deixou um legado forte para a literatura brasileira: ganhou vários prêmios, como o Neustadt, que é conhecido como o Nobel Americano – e foi o único brasileiro a ganhá-lo. Também foi membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras. Com suas obras surrealistas, cheias de significados, com foco na estética e na rima toante, o recifense conseguiu ser um dos principais poetas do Brasil, marcando gerações. 

Exposição

A partir de hoje (23), será possível conhecer um pouco mais sobre sua vida na exposição “Afinal, O que é poesia?”, no Cais do Sertão, Bairro do Recife. 

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