A fibromialgia é uma síndrome que acomete, principalmente, mulheres entre 30 e 60 anos, mas homens, crianças e jovens também podem ser afetados. A condição se manifesta com dores por todo o corpo, mas ainda não se tem certeza sobre a causa. Pesquisas recentes indicam que o mecanismo de dor de quem tem a síndrome é desregulado, ou seja, os pacientes sentem dor mesmo quando não há motivo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia é um problema de saúde bastante comum, pois 5% dos pacientes que vão a um consultório de clínica médica e de 10 a 15% dos pacientes reumatológicos são portadores da síndrome.
Diagnóstico
O diagnóstico da fibromialgia é feito de maneira clínica, ou seja, não são necessários exames. De maneira geral, o médico consegue identificar o problema com uma boa entrevista clínica a respeito dos sinais e sintomas. Em outros casos, para descartar outras possibilidades, o profissional pode solicitar a realização de alguns testes, como hemograma completo, fator reumatoide, taxa de sedimentação de eritrócitos e testes físicos, para avaliar a sensibilidade dos músculos. Dentre os critérios utilizados para fechar o diagnóstico estão dor por mais de três meses por todo o corpo e pontos dolorosos na musculatura em pontos pré-estabelecidos.
Sintomas
O principal sintoma da fibromialgia é a dor por todo o corpo. De maneira geral, o paciente não consegue identificar quando a dor começou, ou por qual parte do corpo. A dor se manifesta principalmente “nos ossos”, “na carne”, ou ao redor das articulações, e geralmente acontece mais frequentemente no final do dia. Além da dor, a sensibilidade ao toque também é muito presente, com alguns pacientes não suportando serem abraçados, por exemplo. Apesar das dores, não há inchaço nas articulações, já que não existe inflamação. A sensação de inchaço pode ocorrer devido à contração da musculatura em resposta à dor.
Um outro sintoma muito comum da fibromialgia é a fadiga, muito associada a problemas para dormir, como o sono não reparador (em que o indivíduo acorda e não se sente descansado). Problemas cognitivos e emocionais também são muito comuns, como confusão mental, dificuldade de atenção e memória, e até mesmo ansiedade e depressão. A Sociedade Brasileira de Reumatologia aponta que metade dos pacientes que sofrem com fibromialgia também apresentam um quadro depressivo. Situações de estresse e ansiedade também podem desencadear crises e agravar os sintomas. Outros sinais da síndrome são formigamentos, dor de cabeça e alterações intestinais.
Tratamento
Não existe cura para a fibromialgia, mas existe um tratamento, que tem o objetivo de diminuir os efeitos dos sintomas. Uma das principais maneiras de tratar a síndrome é pelo uso de medicamentos para diminuir a dor. Medicamentos para estresse, depressão e para dormir também podem ser utilizados. A terapia medicamentosa, no entanto, deve ser feita sob orientação médica. A psicoterapia também faz parte do tratamento, já que ajuda a diminuir o estresse e a tratar ansiedade e depressão. Além disso, atividades físicas também são importantes para alívio do estresse e fortalecimento dos músculos, mas é importante passar por uma avaliação médica antes de escolher qual exercício praticar.