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Entenda o que são créditos de carbono

Eles funcionam como uma moeda de troca no mercado de carbono

às 15h16
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De acordo com a Agência Internacional de Energia, o mundo emitiu 36,8 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa (GEEs) no ano de 2022. Esses poluentes aceleram as mudanças climáticas e aumentam as temperaturas ao redor do planeta, o que fez o ano de 2023 ser considerado o mais quente da história. Por isso, especialistas defendem que o caminho para diminuir esses impactos climáticos é a redução da emissão de GEEs, em especial o dióxido de carbono (CO2), principalmente, mas também o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).

Assim, os créditos de carbono, criados na ECO-92 (conferência da ONU sobre o clima realizada no Rio de Janeiro, em 1992), servem como uma moeda de troca no chamado mercado de carbono, com o objetivo de amenizar as emissões dos gases poluentes. De maneira geral, um crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2 (ou o equivalente em outros gases) que deixa de ser solto na atmosfera.

Muitos países e corporações ao redor do mundo vem criando legislações ou metas para redução dos GEEs, mas alguns deles não conseguem diminuir suas emissões tão facilmente. As nações e empresas (principalmente de setores como mineração, transportes e aviação) que não conseguem atingir essas metas compram os créditos de carbono daqueles que atingem esses objetivos. Os créditos se revertem em projetos como o uso de energias limpas, reflorestamento e gestão de resíduos sólidos.

O mercado de créditos de carbono está em expansão. Segundo a consultoria McKinsey, a demanda pelos créditos deve saltar de US$ 1 bilhão de dólares em 2021 para US$ 50 bilhões na próxima década. Mas apesar das várias vantagens ambientais dos créditos, o mercado de carbono também pode abrir portas para o chamado “greenwashing” (empresas que vendem uma imagem falsa de amigável ao meio ambiente), assim como para corporações que se aproveitem desse mercado para continuar emitindo GEEs de maneira proposital.

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