Os profissionais de Enfermagem estão na linha de frente da prestação de serviços e desempenham um papel importante no cuidado das pessoas, garantindo que suas necessidades básicas sejam atendidas. Além dos cuidados diretos ao paciente, a atuação desses profissionais inclui também a gestão de recursos e educação em saúde.
Em 2020, durante a pandemia da Covid-19, episódio marcante da história mundial e nacional, diversos profissionais da saúde se mobilizaram em todo o mundo, trabalhando no limite da exaustão física e emocional para salvar o maior número de vidas possível. Em meio a essa crise sanitária sem precedentes, umas das áreas que mais ganharam relevância e protagonismo foi a Enfermagem.
Aumento da demanda por profissionais da área
Diante disso e de outros quadros de saúde, a demanda por profissionais da área vem aumentando cada vez mais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), metade dos 3,5 milhões de trabalhadores da área de Saúde no país atuam na Enfermagem e 80% deste quantitativo é formado por enfermeiros. Estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que 90% dos profissionais de Enfermagem do Brasil estão atuando na área.
“Esse aumento deve-se por conta da necessidade de cuidados intensivos, de triagem do paciente, rastreamento de contatos e administração de vacinas, principalmente nos hospitais clínicos, postos de saúde e serviços de Telemedicina”, explica Andrea Rosane, professora e coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), na Imbiribeira, ao lado do Geraldão.
De modo geral, ela explica que a ampliação de enfermeiros no mercado se deve à participação multifacetada desses profissionais, que podem atuar dentro de hospitais, clínicas, empresas, postos de saúde, prestar serviços home care e entre outros.
Desafios e soluções
Apesar da relevância e importância vital, os enfermeiros enfrentam desafios significativos e vivem, constantemente, em busca da valorização da profissão. Além de condições de trabalho precárias, os desafios também incluem a sobrecarga de tarefas e remuneração inadequada, o que compromete não apenas seu bem-estar pessoal, mas também a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes.
Para Andrea, a remuneração digna e adequada é um dos embates enfrentados atualmente. “É uma luta que há anos vem sendo trabalhada no Congresso Nacional, em busca de uma legislação que autorize um piso salarial para Enfermagem e que ratifique a importância que a profissão tem para os cuidados na saúde.
O Piso Nacional da Enfermagem foi aprovado em 4 de agosto de 2022, por meio da lei 14.434, que alterou a lei 7.498 de 1986 e fixou o patamar mínimo remuneratório para essa categoria. Pela norma, enfermeiros da administração pública ou privada devem receber ao menos R$ 4.750. “No entanto, apesar dos avanços, ainda não foi totalmente estabelecido o pagamento. Uns estão fazendo, outros não. Agora estamos no sentido de cobrar que a legislação seja realmente cumprida pelos órgãos competentes”, afirma a profissional.
Ela acrescenta que o que falta para a valorização da profissão é “o oferecimento de melhores condições de trabalho, remuneração justa, carga horária adequada, segurança no ambiente de trabalho, investimento em educação continuada e oportunidade de desenvolvimento profissional, participação ativa dos enfermeiros em decisões políticas e estratégicas”.
Enfermagem na Unit-PE
O curso de Enfermagem da Unit-PE, que dura 5 anos, proporciona o desenvolvimento de competências e habilidades para os alunos, formando profissionais que apresentam diferencial técnico científico para atuar no mercado de trabalho.
Os alunos têm oportunidade de ver, nas aulas práticas, como é a atuação do enfermeiro em unidades hospitalares, gestão, atenção básica, atendimentos em UPAs e policlínicas. Também são apresentadas técnicas de curativos e cuidados na atenção à saúde de grupos vulneráveis. Já nas aulas teóricas, contam com metodologias ativas e professores experientes na área, mestres e doutores.