De acordo com o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+, preparado pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+, a LGBTfobia foi responsável por 316 mortes no Brasil, só em 2021, representando um crescimento de 33% desse tipo de crime em relação a 2020 no país. Números como esse aumentam a importância de se discutir o tema. No 28 de junho, em todo o mundo, é comemorado o Dia Nacional do Orgulho LGBTQIA+. A data é importante para dar visibilidade aos direitos, conquistas e a luta do grupo LGBT, isto é, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros/travestis, queer, intersexuais e assexuais. O “+” também engloba os 2 spirits, questionando, curioso, pansexuais, polissexuais, familiares e kink. A data relembra a luta pelos direitos desse grupo, muitas vezes esquecido, contra a LGBTQfobia, ou homofobia, ação que expressam preconceito ou aversão a este público.
Direitos – A violência, seja física ou psicológica, deve ser combatida e diversos direitos vêm sendo conquistados. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo; no mesmo ano, o casamento civil também foi assegurado. Após isso, a transfobia e a homofobia foram equiparadas ao crime de racismo, com reconhecimento do Congresso Nacional. Em relação à identidade de gênero, também é possibilitado a retificação do nome e do gênero de pessoas transgêneras, independente de realização de cirurgia e/ou procedimento médico. Em 2020, a doação de sangue foi finalmente liberada para homens gays. E, no campo da adoção, casais homoafetivos passaram a poder adotar, sem restrição de idade.
Desafios e consequências – Mesmo com esses avanços, ainda há muito para se caminhar. Principalmente para pessoas transgênero e não binárias (que não se identificam nem com o gênero masculino e nem com o feminino). Muitos ainda relatam dificuldades de ingressar no mercado de trabalho e de mudar o nome e gênero diretamente em cartório.
Ajuda – Várias organizações atuam em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+, com canais de atendimento e orientação a vítimas de toda forma de violência, luta por leis e outras informações, como a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).