Dentre diversos debates realizados no meio acadêmico, sobre as formas de aperfeiçoar metodologias de ensino, um que tem merecido atenção especial é o que fala sobre a falta de sincronia entre as demandas do mercado de trabalho e as instituições de ensino superior.
Para tentar resolver este lapso na formação, foi criado o “Currículo por Competências”, que redefine o sentido dos conteúdos ensinados, de modo a atribuir sentido prático aos saberes escolares, abandonando a prevalência dos saberes disciplinares, centrando-se em aptidões verificáveis em situações e tarefas específicas.
Segundo o professor da Universidade de Havana, Roberto de Armas, que foi o convidado para a palestra de encerramento da Jornada de Mobilização Pedagógica 2015.1, o problema está no preparo do profissional, que não é estimulado a desenvolver habilidades durante a graduação. “O importante é a formação de um currículo inovador que mude o paradigma do ensino centrado no professor e seja direcionado para o aprendizado”, resumiu.
Roberto de Armas é membro do Comitê Acadêmico do Mestrado em Psicopedagogia e presidente do Comitê Técnico Avaliador de carreiras universitárias, lecionando há mais de 40 anos, e atuando como professor convidado de mais de 30 instituições educacionais na América e Europa.
No conteúdo abordado em sua apresentação na Jornada de Mobilização, de Armas afirmou que as universidades devem preparar o aluno para a vida, para que formule pensamentos complexos para atuar e resolver problemas, que deem qualidade, valor e competência aos seus atos. “Além dessas qualidades o aluno deve possuir acima de tudo, capacidade de comunicação, para aprender a ser e fazer. Isto tudo é o “Currículo por Competências”, completou de Armas.
A nova metodologia do “Currículo por Competências” já existe no curso de Administração, da UNIT, e começará a ser implantada também, nas graduações de Engenharia Civil, de Produção e Mecatrônica, que iniciam as primeiras turmas neste ano.