Desde pequenos costumamos ouvir de nossos pais que devemos respeitar os mais velhos e que os cabelos brancos são sinal de sabedoria e experiência. Os idosos, que representam uma parcela da população que está crescendo cada vez mais – de acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 2050, existirão cerca de 2 bilhões de pessoas com idade acima de 60 anos – merecem respeito, cuidados e qualidade de vida. Entretanto, não é o que vem acontecendo.
O Disque 100, ou Disque Direitos Humanos, funciona como um canal de informações sobre direitos de grupos vulneráveis e de denúncia para situações de violação dos direitos humanos. Dados divulgados recentemente mostram que, em 2022, foram registradas mais de 35 mil denúncias de violações contra idosos.
Esses números só reforçam a importância do Junho Violeta, que tem o objetivo de chamar atenção para os casos de violência contra os idosos. O mês foi escolhido porque em 2006, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, instituíram o dia 15 como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.
Os tipos de violência variam entre física, psicológica, patrimonial, financeira, restritiva de liberdade e outros. Geralmente, ocorrem dentro da própria casa em que o idoso vive e vem de pessoas próximas como filhos, netos e, até mesmo, cuidadores. Além disso, a negligência também é frequente: falta de cuidados com a higiene e saúde, abandono, carência de medicamentos e alimentação e outros que podem desencadear doenças e levar até a morte.
Especialistas defendem que é importante dar visibilidade ao movimento do Junho Violeta e, assim, levantar debates e estimular denúncias para que os idosos não sofram esse tipo de violação.