A criatividade tem sido considerada uma das quatro competências essenciais para o profissional do século 21, junto com a comunicação, colaboração e o pensamento crítico ou criticidade (4 Cs). As empresas valorizam esta característica no momento de contratação e no segmento da Publicidade e Propaganda, a depender da função a ser exercida, é o pré-requisito mais procurado.
Diferentemente, porém, do mito que ainda persiste, criatividade não é algo nato, espontâneo, mas um processo que pode ser estudado, aprendido, desenvolvido e treinado. Para a escritora Elizabeth Gilbert, “uma vida criativa é qualquer vida em que consistentemente, rotineiramente, repetidamente e constantemente você escolhe o caminho da curiosidade ao invés do caminho do medo. Não uma vez, nem duas, nem algumas vezes, mas o tempo todo. Todas as vezes”.
E para viver uma vida criativa, é necessário desenvolver novas capacidades que não eram prioridade até pouco tempo atrás, mas agora são, como o autoconhecimento, os bons relacionamentos e a inteligência criativa, que pode ser entendida como a aptidão para dar solução fora do padrão para os problemas. Na atual era em transformação, o mundo requer soluções novas para os novos problemas que surgem a cada momento. Uma pessoa criativa CRIA: conecta, rompe, imagina e acolhe.
Poder da imaginação
A criatividade vem da imaginação. É a capacidade de usá-la para resolver problemas. Murilo Gun, professor de criatividade e fundador da Keep Learnig School, defende a ideia da “combinatividade”, isto é, “na natureza nada se cria, tudo se combina”. É um pensamento que afasta outro mito relacionado à criatividade, o de que ser criativo é criar coisas novas, inéditas e originais.
Para ele, é simplesmente “combinar coisas de modo diferente”, tendo em mente ainda que “toda solução criativa é uma combinação de referências e inspirações”. Outra dica que ele passa em suas palestras e cursos sobre “reaprendizagem criativa” é que “a solução criativa sempre surge depois da primeira resposta certa, quando você não se contenta e não para de procurar por respostas diferentes”.
Economia criativa
Até a economia é criativa! Segundo a Unesco, as indústrias criativas devem ser parte de estratégias de crescimento econômico, e estão entre as mais dinâmicas do setor da economia mundial, gerando US$ 2,25 bilhões por ano e 29,5 milhões de postos de trabalho em todo o mundo.
O segmento inclui produtos audiovisuais, desenho, artigos de mídia e artes e forma um dos setores mais transformadores da economia mundial em termos de geração de renda, criação de postos de trabalho e receitas de exportação. Um dos maiores expoentes da economia criativa do planeta, John Howkins, escreveu o livro “Economia Criativa”, publicado em 2001 e que mostra a criatividade como um bom negócio. A publicação é tida como a bíblia do segmento econômico.
Datas para celebrar
O primeiro Dia Mundial da Criatividade (World Creativity Day) ocorreu em 17 de novembro de 2014. Respeitava então a data em que o dia era celebrado em Portugal. Foi organizado pela Project Hub, plataforma digital de empreendedorismo criativo. Posteriormente a ONU incluiu em seu calendário oficial outra data, 21 de abril, como o Dia da Criatividade e Inovação. Este 2021 foi considerado pela organização como o Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável.
Independentemente da data, ou da área de atuação, estas ações são impulsos para a reconfiguração do olhar e para a busca de respostas novas, pois “quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda”.
Asscom | Grupo Tiradentes