Falar em autoconhecimento virou moda, e isso pode ser algo muito bem-vindo, pois, quando feito de maneira adequada, só traz benefícios para o indivíduo e seus relacionamentos. Dentro da Psicologia, ele representa um ganho muito frequente aos adeptos de psicoterapia, sendo este o objetivo principal ou ocorrendo de forma secundária em processos que buscam outras finalidades.
Muito se diz a respeito de se autoconhecer, a habilidade de compreender quem se é. “Apesar de que 95% das pessoas acredite ter autoconhecimento, o número real está entre 10-15%.”, afirmou certa vez a psicóloga norte-americana Tasha Eurich, pesquisadora do assunto. A boa notícia é que muitas pessoas estão interessadas na questão e, melhor ainda: podem alcançar o que buscam iniciando por analisar a forma como reflete a si mesmo.
Desenvolver o autoconhecimento permite uma noção de mundo maior, de como se encaixa nele, bem como do que está ocorrendo em nosso mundo interno e como agir a respeito. É a capacidade de identificar e nomear as emoções, desejos, medos e frustrações. É também conhecer a maneira como os outros te veem e isso é ter muito mais poder na vida.
É possível que, ao começar a se conhecer, nem sempre goste do que é descoberto, mas pode ser o início de uma jornada para a mudança de comportamentos em prol de maior satisfação pessoal, profissional e de relações sociais. Ao consultar um profissional capacitado, como um psicólogo ou psicanalista, ele pode auxiliar no entendimento da principal necessidade do paciente a partir do que ele revela no consultório, como sentimentos e comportamentos atuais e suas origens.
Benefícios
O autoconhecimento ajuda em todas as áreas da vida, pois há uma relação direta entre se conhecer e manter relações mais saudáveis com os demais seja na profissão, nos relacionamentos íntimos. Até mesmo na saúde há ganhos, já que o autoconhecimento amplia a consciência e diminui a probabilidade de desenvolver depressão e ansiedade. Quem tem conhecimento de si mesmo se comunica melhor, amplia sua criatividade e se torna mais produtivo.
Não se culpe se acredita estar longe disso, pois, em geral, as pessoas não são educadas para entender a própria mente e cérebro. O autoconhecimento ainda não é uma prioridade na educação formal e isso faz com que as pessoas passem a vida sem entender a própria personalidade, logo, não utilizam as ferramentas de mudança mais eficientes para a sua identidade.
Por onde começar
A percepção geral é de que o mundo seria um lugar bem mais tranquilo em e tratando de convivência com as pessoas, se cada pessoa conhecesse a si própria. Mas este não é um processo simples e fácil. Não basta saber do que gosta ou não, ou dos pontos fracos e fortes. É um pouco mais além, algo complexo que exige da pessoa um real comprometimento consigo mesmo. Comece passando tempo prestando atenção em si, nas próprias atitudes e na forma como se lida com os outros.
Para começar de fato o processo do autoconhecimento, é preciso desenvolver mais consciência sobre os próprios pensamentos, emoções e comportamentos. Conhecer melhor aquilo que passa na sua cabeça, sair do piloto automático e prestar atenção ao diálogo interno. Sobre o que você está pensando agora? Saber responder essa pergunta mostra o progresso nessa caminhada.
É muito importante também registrar os pensamentos num caderno ou nas notas do celular. Comece a perceber no dia a dia quando o seu estado de humor muda, o que te deixa bravo, irritado, frustrado ou feliz. Nomear essas emoções e criar um diário com o que sente e quais pensamentos estão fazendo se sentir de determinada forma ajuda a se conectar consigo mesmo.
Assim, aos poucos, serão identificados os padrões emocionais e de pensamento, o porquê isso interfere na forma como age e reage diante das situações, Com esta informação, é possível mudar comportamentos. A grande maioria das pessoas não consegue responder a essas perguntas simples. Reconhecer isso e buscar ajuda profissional, já é um bom sinal.
Asscom | Grupo Tiradentes