Comprar ou alugar um imóvel? Esse é um questionamento recorrente na vida de muita gente e que de fato demanda uma atenção especial, mesmo porque, é o tipo de ação que irá determinar uma série de esforços, sendo o principal deles, o financeiro. Em um cenário de pandemia então, como o que estamos vivenciando, é o tipo de decisão que deve ser tomada depois de analisar diversos fatores. Afinal, o clima de instabilidade econômica é real e mesmo para quem tem dinheiro guardado, investir em um imóvel, precisa ser algo pensado a médio e longo prazo.
Com pandemia ou sem pandemia, alguns pontos devem ser levados em consideração na análise de compra ou aluguel. É o caso das taxas, juros de financiamentos, aumentos ao longo dos anos, o que costuma ocorrer em contratos de locação, por exemplo. No caso de compra, é preciso pensar também nas parcelas iniciais, que costumam pesar no orçamento familiar.
Neste sentido, é preciso estar atento à questão da taxa de juros, linhas de financiamentos, prazos para pagamento e reajustes do aluguel, os quais seguem o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), valores e possibilidades de aumento da taxa de condomínio, IPTU, além de gastos com água, energia e gás.
“Em um momento de pandemia, o ideal seria alugar um imóvel porque você não sabe o que pode ocorrer em um período futuro, comprometendo a sua renda em uma compra, assumindo um financiamento imobiliário. Mesmo quem tiver o dinheiro guardado para comprar à vista, na minha análise, ainda não seria o momento para isso, pois você estará colocando todo o seu recurso ou boa parte dele em um ativo imobilizado e pode ser que você precise lá na frente. Então, na teoria, a melhor solução é alugar o imóvel, pois você consegue se planejar em curto prazo, sem ter uma surpresa no futuro caso você sofra algum tipo de redução de renda, por exemplo”, orienta o professor de economia Lucas Sorgato, da Unit Alagoas.
Em 2020, a instabilidade criada por causa da pandemia da Covid-19 no cenário econômico, no entanto, fez com que houvesse uma redução significativa nas taxas de juros, o que estimulou o crescimento de cerca de 21% na compra e 7% no aluguel de imóveis, segundo um levantamento realizado pela plataforma de vendas online OLX.
“Ainda hoje as taxas de juros para financiamentos imobiliários seguem muito baixas. Sendo assim, se você tem uma boa estrutura financeira, sabe que não terá redução de renda, pode ser interessante fazer o financiamento imobiliário neste momento. É aquela máxima, tudo tem que ser muito bem pensado e analisado dentro da sua realidade para somente depois tomar a decisão, que melhor se encaixa no seu perfil e no seu momento de vida”, destaca o professor.
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