Há exatos 50 anos, acontecia a aula inaugural do primeiro curso de Biomedicina, no Brasil, na Escola Paulista de Medicina, hoje, UNIFESP. Contudo, a história da profissão tem início 16 anos antes, mais exatamente em 1950.
Na época, o bioquímico José Leal Prado, sugeriu a criação do curso de Ciências Biomédicas, para formar profissionais atuantes na docência de disciplinas de Medicina, Odontologia e na pesquisa científica. Só então em 1966, que outras instituições como a UERJ, a UNESP e UFPE começam a ofertar o curso.
“De lá pra cá, muita coisa mudou, técnicas foram aprimoradas, metodologias aperfeiçoadas, e houve o consequente avanço da ciência, mas uma missão permaneceu a mesma, a preocupação com a qualidade de vida e a saúde das pessoas em geral”, comenta o professor Emerson Araújo.
Coordenador da graduação em Biomedicina, na UNIT, e reconhecido como uma das referências no ensino da área, em Pernambuco, com mais de 40 anos de atuação, o docente acompanhou a evolução do curso e afirma que o futuro promete boas perspectivas para quem escolher ser um futuro biomédico.
“No início, a graduação era conhecida como Ciências Biológicas – Modalidade Médica, isso nos anos 70 quando me formei, e como uma profissão que dava os primeiros passos, pairavam inúmeras dúvidas sobre como o mercado iria nos absorver. Hoje em dia, não vivemos sem a Biomedicina, desde simples exames como a aferição de glicemia a resolução de crimes, com auxílio da perícia criminal. Para o futuro, a biologia molecular e a engenharia genética vão representar avanços significativos no estudo e descoberta de remédios mais eficazes e na cura de doenças”, opina Emerson Araújo.
Atualmente, a Biomedicina é a terceira profissão mais nova da área da saúde, ficando atrás apenas da Educação Física e Fonoaudiologia, que foram regulamentadas em 1998 e 1981, respectivamente.
Hoje, existem mais de 30 mil profissionais biomédicos atuantes no Brasil. O curso é oferecido em todos os estados do Brasil, existindo em mais de 210 instituições de ensino superior.