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Aluna de psicologia tem uma visão mais humanizada sobre pessoas com transtornos

A aluna saía de uma cidade acerca de 90km do Recife, agora conta com aulas remotas

às 20h49
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A história de Marcelly Regina é um misto de luta e perseverança. Residente no município de Barreiros, distante cerca de 90 quilômetros do Recife, todos os dias, a aluna de Psicologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) pegava estrada para assistir às aulas no Recife. Como não tinha condições financeiras para morar na capital, ela precisava fazer esse percurso diário de ir e voltar. Agora, com a pandemia, ela passou a assistir às aulas de maneira remota.

A aluna de psicologia saía de casa às 13h para reservar vaga no ônibus municipal e seguir viagem. Quando as aulas terminavam, esperava o transporte para voltar para sua casa. Tinha dia que chegava perto da meia-noite. Um esforço válido e que não se tornou um empecilho para que desistisse da sua graduação. Permanece firme. E inquieta, junto com outro colega, estão movimentando a Liga Acadêmica Interdisciplinar de Saúde Mental. A iniciativa realiza palestras com convidados e debates virtuais ao público para discutir assuntos e promover conscientização sobre a saúde mental.

Com temas já discutidos como feminicídio e preconceito, o projeto vem recebendo um feedback positivo. Para a jovem, isso tem sido significativo. “É muito gratificante a experiência de compartilhar com a sociedade. E essa vivência também é muito enriquecedora para a minha jornada. Já tenho uma visão diferente”, afirma a estudante de Psicologia.

Escuta e fala das pessoas

Além dessa troca de informações e conhecimentos no mundo digital, Marcelly estagia no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que atende pessoas com transtorno mental. Vivencia na prática muitos dilemas e necessidade da escuta e fala dessas pessoas. De apoiá-las na reinserção à sociedade. Perto de se formar, ela conta que essa experiência acabou despertando nela o interesse de fazer residência em saúde mental, quando concluir o curso.

Para ela, é muito importante que essas pessoas sejam vistas como gente e não apenas como um problema ou número. Ter uma visão mais humanizada. “Além do curso, foi no CAPS que eu aprendi a olhar para as pessoas como um todo. De fato, é importante respeitar e ouvir esse grupo”, ressalta.

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