Criado pela Assembleia Geral da ONU em 1972 e comemorado pela primeira vez no ano seguinte, o Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho. O evento é liderado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e serve para inspirar mudanças positivas, em um esforço para proteger a Terra. Com a discussão sobre as mudanças climáticas, muito se fala sobre as responsabilidades dos líderes mundiais na luta contra a crise do clima. No entanto, ações podem ser tomadas por cada um no dia a dia a fim de diminuir os efeitos da ação humana no planeta.
Um dos pontos mais importantes no que diz respeito à preservação da natureza é a poluição. Dentre os tipos, estão a poluição do solo, do ar, térmica, visual, sonora e da água. Essa última é uma das mais impactantes, devido à importância que esse líquido tem para a vida.
Descarte de óleo
A contaminação de corpos de água acontece de diversas formas, como pelo esgoto, mas uma das mais comuns e que recebe menos atenção é o descarte incorreto de óleo de cozinha. De acordo com a Oil World, o Brasil consome 9 bilhões de litros de óleo por ano, dos quais 200 milhões são despejados nos ralos das pias todo mês. Dessa quantidade descartada, apenas 1% recebe tratamento adequado. O resto acaba contaminando a água por onde passa, sendo 1 litro de óleo responsável por poluir 25 mil litros de água.
Além da contaminação, esse descarte incorreto pode causar entupimentos de encanações do sistema de esgoto, encarecimento do tratamento da água, enchentes e proliferação de doenças. Hortência Andrade, professora de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — diz que é possível enterrar o óleo na areia, mas mesmo assim ainda há risco de poluição de lençóis freáticos. “A forma correta seria a gente sempre recolher o óleo em algum recipiente para direcionar para empresas responsáveis pelo desenvolvimento de sabão, já que o óleo é matéria-prima para desenvolvimento desse produto”, aponta Hortência.
A nutricionista destaca ainda a importância do reaproveitamento de alimentos, mas diz que seja evitado o reuso do óleo. “É um produto que não dá para reutilizar. Pelo contrário, ele é um produto que, quando bate os 240°C, passa por várias modificações químicas, o que não é interessante, inclusive de consumir. Esse tipo de alimento, que são os lipídios, não devem jamais ser reaproveitados”, alerta. A professora acrescenta ainda que alimentos orgânicos, como cascas de frutas, podem ser aproveitados. “Dá para se fazer suco de casca de abacaxi, por exemplo, ou sobremesas com as cascas, casca de mamão, entre outras”, complementa.