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Conheça as melhores técnicas de estudo

Estudo publicado em revista científica surpreende ao mostrar que técnicas populares no Brasil, como grifar e resumir são de baixa utilidade.

às 13h30
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Um estudo publicado na revista científica Psychological Science in the Public Interest avaliou dez técnicas comuns de aprendizagem para classificar as mais eficientes. O resultado traz algumas surpresas. Práticas bastante populares no Brasil, como resumir, grifar, visualizar imagens para apreensão de textos e reler conteúdos foram classificadas como as de menor utilidade. Dentre os dez métodos estudados, apenas dois foram apontados como de alta utilidade.

É importante não considerar esses estudos como verdades absolutas, já que cada pessoa tem suas preferências de técnicas de estudos. Uma técnica pode ser boa para um estudante e não funcionar de jeito nenhum para outro. Nesse assunto, cada qual desenvolve o próprio método. Mas é certo que há alguns truques que comprovadamente funcionam bem para a grande maioria das pessoas. Por isso, vale a pena conhecer as conclusões dessa pesquisa.

Confira alguns dos resultados obtidos no estudo:

GRIFAR (UTILIDADE: BAIXA):

Segundo o estudo, a técnica de apenas grifar partes importantes de um texto é pouco efetiva pelos mesmos motivos pelos quais é tão popular: praticamente não requer esforço. Quando se grifa uma palavra ou um trecho de um texto, o cérebro nem organiza, nem cria, nem conecta conhecimentos. Logo, grifar só pode ter alguma utilidade quando combinada com outras técnicas.

RELEITURA (UTILIDADE: BAIXA):

Reler um conteúdo, em regra, é menos efetivo do que as demais técnicas apresentadas. O estudo, no entanto, mostrou que alguns tipos de leitura (massive rereading) podem ser mais eficazes do que resumos ou grifos, se aplicados no mesmo período de tempo. A dica é reler imediatamente depois de ler, por diversas vezes.

AUTOEXPLICAÇÃO (UTILIDADE: MODERADA):

A técnica da autoexplicação provou ser útil para a aprendizagem de conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com as próprias palavras para você mesmo. O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se aplicada durante o aprendizado em vez de depois do estudo.

ESTUDO INTERCALADO (UTILIDADE: MODERADA):

A pesquisa procurou descobrir se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou se era melhor intercalar diferentes tipos de conteúdo de modo mais aleatório. Os cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior quando o aprendizado envolve movimentos físicos e tarefas de caráter cognitivo (como nas ciências exatas). O principal benefício da intercalação é fazer que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando.

TESTE PRÁTICO (UTILIDADE: ALTA):

Resolver testes práticos é uma das duas melhores técnicas de estudo. A pesquisa demostrou que esse método é até duas vezes mais eficiente do que os outros. No caso específico dos estudos para concurso público, a recomendação é resolver o máximo possível de questões de provas anteriores. Não apenas do cargo para o qual você está estudando, mas qualquer tipo de questão que encontrar pela frente. A maneira mais fácil de realizar testes é por meio de sistemas específicos para isso.

PRÁTICA DISTRIBUÍDA (UTILIDADE: ALTA):

Essa técnica consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um único bloco na véspera da prova. Pesquisas indicam que o tempo de distribuição das sessões de estudo considerado ótimo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Com base nessa conta, se a pretensão é lembrar-se de algo por cinco anos, deve-se espaçar o aprendizado a cada seis meses. Se a intenção é lembrar-se de um conteúdo por uma semana, deve estudar uma vez por dia. A prática distribuída também pode ser interpretada como distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, com intervalos para descanso. Por exemplo, estuda-se durante uma hora pela manhã, uma hora pela tarde e outra hora de noite.

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