Uma infestação viral aguda com sintomas que incluem febre, calafrios, perda de apetite, e que em casos mais avançados, pode resultar em dores abdominais e lesões no fígado, causando icterícia, daí a cor amarela em pessoas acometidas pela doença.
Assim é a febre amarela, causada pelo mosquito Aedes aegypti, combatida por Oswaldo Cruz, no início do século XX, e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942, mas que voltou a assustar os brasileiros, por conta de um surto repentino que acometeu 492 pessoas, predominantemente moradoras dos estados da região Sudeste, segundo dados do Ministério da Saúde.
Por conta do aumento do número de casos, estudantes do 3º período, da graduação em Biomedicina, da UNIT, promoveram uma atividade para desmistificar e conscientizar sobre a situação da doença no estado.
A iniciativa fez parte da disciplina de Microbiologia, ministrada pela profa. Ana Paula Rocha, onde os alunos realizaram um levantamento das regiões com alto potencial de transmissão da doença, com destaque para o surto extra-amazônico iniciado em 2016.
“Nesse levantamento, os estudantes identificaram que Pernambuco não é uma das áreas de risco para transmissão de febre amarela, portanto não há motivo para pânico na população e nem vacinação em massa dos pernambucanos”, salientou a profa. Ana Paula Rocha.
“A vacina é recomendada somente para quem vai viajar para as áreas de risco, com no mínimo 10 dias de antecedência”, completou a docente.
Os alunos também fizeram o levantamento das unidades de saúde do Recife que são referência para a vacinação de febre amarela. Nessa atividade os alunos puderam associar as características morfológicas e patológicas do vírus, com a situação epidemiológica da doença no Brasil, e em Pernambuco, e esclarecer as medidas de controle e importância do conhecimento dessas informações para a população.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a febre amarela causou 162 mortes desde o início do surto, em dezembro passado, e 95 ainda estão sob análise para a confirmação.