Uma boa oportunidade para saber mais sobre um assunto que tem monopolizado grande parte do noticiário nacional. Assim foi a Aula Magna de Biomedicina, que na edição deste ano, apresentou como tema “Aedes aegypti e suas consequências”.
O encontro realizado na tarde desta quarta (06), no auditório do Anexo Saúde II, contou com a palestra do gerente de Vigilância Epidemiológica, da prefeitura do Ipojuca, Eduardo Bezerra.
O biomédico e mestre em Saúde Coletiva (CPqAm/Fiocruz), abordou de forma descontraída dados históricos sobre a chegada do mosquito ao Brasil, em meados do séc. 18, originário do Egito, e a sua evolução até os tempos modernos e a transformação como vetor de inúmeras doenças.
Segundo o conferencista, a atual infestação de insetos que assola cidades em todo o Brasil é decorrente do enorme desequilíbrio ambiental existente nas cidades.
“Cerca de 80% dos focos de mosquitos encontram-se dentro das nossas casas, onde há prevalência de água limpa, desde calhas no telhado que não são limpas até o ralo do banheiro que retém uma fina lâmina d´água, sendo propícios para o inseto que se reproduz em ambiente úmido”, detalhou.
Eduardo Bezerra explicou ainda que o ciclo de vida em campo do Aedes aegytpi dura em média 30 dias, e que neste período a fêmea do mosquito é capaz de colocar mais de 1 mil ovos.
Ao final, Eduardo apresentou as características das principais doenças causadas pelo mosquito, como a febre amarela, dengue, Chikungunya e a Zika que tem sido apontada com a causadora de casos de microcefalia em recém-nascidos.