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Novembro Azul alerta para o diagnóstico precoce do câncer de próstata

Os cuidados devem começar a partir dos 50 anos de idade

às 14h35
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O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais prevalente na população masculina no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. A organização aponta que, entre os anos de 2023 e 2025, são esperados mais de 71 mil novos casos da doença. Além disso, o Inca também aponta para a alta mortalidade do câncer de próstata. No ano de 2021, o Brasil registrou 16.300 óbitos por esse tumor, sendo o tipo de câncer que mais matou homens. O Novembro Azul chama a atenção para a importância dos exames de prevenção, capazes de detectar a doença nos estágios iniciais, o que aumenta as chances de cura.

A campanha surgiu na Austrália, em 2003, quando dois amigos decidiram criar um movimento de conscientização pelo câncer de próstata. Inspirados pelo Outubro Rosa, criaram o “Movember”, termo que é a junção das palavras “mustache” (“bigode”, em inglês) e “November” (“novembro”), com o objetivo de chamar a atenção para a saúde masculina. Com o tempo, a campanha se espalhou, chegando ao Brasil no ano de 2008, sendo oficializada em 2018.

Fatores de risco

O principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade. Isso porque a doença é mais prevalente em homens a partir dos 60 anos de idade, segundo o Ministério da Saúde. Mesmo assim, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) indica que homens a partir dos 50 anos procurem um médico urologista, para que sejam realizados os exames preventivos. Em casos de homens que tenham histórico familiar, o indicado é começar os cuidados aos 45 anos.

Além da idade e do histórico familiar, existem outros fatores de risco para o aparecimento do câncer de próstata. Hábitos não saudáveis influenciam o surgimento do tumor. Por isso, é necessário que sejam adotados cuidados como combater a obesidade, manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, não fumar e evitar bebidas alcoólicas. Com um estilo de vida saudável e a realização de exames de rotina (a frequência pode variar de um a dois anos), a doença pode ser descoberta cedo, o que aumenta as chances de cura.

Negligência

A importância da campanha também se mostra devido à negligência de muitos homens com a própria saúde. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta que apenas 32% (quase um terço) dos homens com 40 anos ou mais se consideram muito preocupados com a própria saúde. O levantamento também revela que 46% dos homens nessa faixa etária só vão ao médico quando sentem algo. O grupo mais cuidados é o de 60 anos ou mais (78% fazem exames a cada seis meses); a faixa menos cuidados é entre 40 e 44 anos, em que quase metade (49%) apenas vai ao médico quando tem algum sintoma.

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