Projetos de iniciação científica realizados na graduação têm um peso importante para o currículo, e também para as vidas acadêmica e a profissional dos estudantes. As pesquisas, no entanto, são compostas de diversas partes, e os discentes devem estar atentos a todas elas. Uma das seções mais importantes, mas que muitas vezes não recebe tanta atenção, é o cronograma. Com eles, o aluno e o professor orientador conseguem ter uma noção de quanto tempo destinar para cada fase da pesquisa, considerando a duração total do projeto.
Importância do cronograma
A função principal do cronograma é organizar as etapas e dividir cada uma delas de acordo com o tempo de execução de cada uma delas. Isso é importante porque, a depender de cada projeto, alguns projetos terão fases que vão demandar mais tempo, e outras que serão mais rápidas. Além disso, cada pesquisa tem um tempo limite para ser entregue. Logo, é necessário ter atenção para que cada etapa seja cumprida de maneira satisfatória, mas sem ocupar muito do tempo. O último edital de iniciação científica lançado pelo Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão —, por exemplo, prevê um prazo de 10 meses para conclusão.
Além disso, o cronograma também pode servir para determinar prioridades. A depender da metodologia escolhida para a pesquisa, algumas atividades podem ser mais importantes do que outras. Sendo assim, convém colocar as prioridades em primeiro lugar, e deixar fases mais dispensáveis para depois. Por outro lado, alguns métodos de pesquisa exigem que algumas etapas venham imediatamente depois de outras. Nesses casos, a organização do tempo ainda é fundamental, para que não se demore muito na primeira etapa, deixando pouco tempo para a segunda.
Como montar o cronograma
De maneira geral, o cronograma costuma ser uma das últimas partes do projeto de pesquisa a serem montadas. Isso porque é necessário ter noção de todo o conteúdo teórico utilizado, e também da metodologia. Depois disso, deve-se pensar em quais etapas serão necessárias para construir a pesquisa. Para investigação de caráter mais bibliográfico, por exemplo, o contato com outros trabalhos acadêmicos é essencial. “A leitura de livros e artigos atualizados da área e a elaboração de resumos e resenhas é um ótimo caminho”, aconselha Mário Gouveia, gestor da Coordenação de Pesquisa e Extensão (COPEX) da Unit-PE.
Tendo em mente as etapas da pesquisa, o próximo passo é colocá-las na tabela. Em seguida, deve-se determinar quanto tempo será gasto em cada atividade. Caso haja poucas fases, é possível destinar mais tempo para cada uma, mas sempre com cuidado para não extrapolar o limite. Em caso de um número muito grande de etapas, é aconselhável organizar bem o tempo, ou até mesmo descartar algumas, se for possível. Com o cronograma pronto, é importante segui-lo à risca, para evitar que as fases se atropelem, prejudicando o andamento do projeto.