A internacionalização, de maneira geral, é o processo através do qual são construídas relações culturais, econômicas, políticas ou de qualquer outra natureza entre instituições de países diferentes. Todas as organizações que apostam nessa abordagem se beneficiam, pois com essa troca de saberes entre países e culturas diferentes, novas experiências são formadas, e isso não é diferente na educação. Por isso, a internacionalização acadêmica, por meio dos intercâmbios, é a chave para expandir os horizontes de uma instituição de ensino superior (IES).
Benefícios
Considerando os três pilares do ensino superior no Brasil (ensino, pesquisa e extensão), as IES só têm a ganhar com a internacionalização. Em todas as universidades do mundo, não apenas nas brasileiras, existe construção de ciência e de conhecimento, por isso, enviar alunos brasileiros para estudar no exterior, ou mesmo acolher estudantes estrangeiros aqui, é um passo importante para agregar mais saberes científicos.
Essa troca de experiências internacionais permite que o conhecimento produzido aqui seja levado para outros países, e também que os saberes produzidos fora do Brasil também sejam trazidos para cá. Com isso, quem sai ganhando é a comunidade científica internacional. Como consequência, a sociedade também se beneficia, pois todo conhecimento científico produzido no mundo inteiro tem a intenção de compreender algum fenômeno, ou de solucionar problemas.
Mesmo assim, o nível de internacionalização do Brasil ainda é baixo. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), apenas 0,2% dos matriculados em universidades brasileiras são estrangeiros. Esse percentual é bem abaixo de outros países, como o Reino Unido. Segundo relatório da UUKi (Universities UK international), cerca de 20% dos matriculados em universidades do Reino Unido são de outros países.
Troca cultural
Para além das conquistas científicas, o intercâmbio também promove experiências pessoais positivas para os intercambistas, devido à troca de experiências culturais. Karina Paz, supervisora de Carreiras do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — afirma que a experiência de estudar em um outro país é muito relevante para a formação de conhecimentos. “A importância do aluno que vai para o intercâmbio é ele entender um pouco daquela cultura que ele vai vivenciar lá. Então, a gente sabe que sempre é uma novidade. Ele sempre vai encontrar algo diferente, culturalmente falando, estruturalmente falando”, pontua.