Leon de França e Lucas Alves, dois estudantes do 4º período de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — foram vitoriosos no Hackathon do Porto de Suape, que aconteceu no final do mês de setembro. A proposta do evento é pensar em soluções inovadoras e viáveis para um problema apresentado, sempre em um tempo curto. Nesta edição, os participantes deveriam automatizar o processo das filas de navios que atracam no porto de Suape. Ao fim do hackathon, eles apresentam as ideias, e os jurados escolhem a vencedora.
Os alunos decidiram participar do hackathon por influência do professor Clóves Rocha, que mencionou o evento para os estudantes. “Como eu nunca tinha participado de um, achei que seria legal ter essa experiência. Então, chamei o Lucas e acabamos indo”, conta Leon. No evento, conheceram outro participante, chamado Eraldo, e os três juntos elaboraram uma ideia para o problema apresentado. “Nossa solução foi focada em automatizar um processo manual em Suape, que é a fila de navios a serem atracados no porto, que é organizada manualmente por um operador. Se ocorrer atraso de algum navio ou outra variável que afete a ordem estabelecida, o operador precisa reorganizar tudo manualmente”, Lucas explica.
O projeto
Segundo Lucas, esse processo acontece manualmente porque o porto de Suape não conta com um sistema próprio de prioridade. “Nossa solução foi automatizar esse processo por meio de IA. Sempre que surgisse alguma variável, o sistema automaticamente reformularia a fila”, ele complementa. “O sistema prioriza navios com base em fatores como urgência da carga, tempo de espera, profundidade do navio e a maré disponível, além da capacidade dos berços. Também conta com a integração de uma API de tábua de marés e previsões climáticas. O benefício principal é a otimização da logística portuária, evitando atrasos e gerando economia para o porto e seus clientes”, Leon detalha. “Com a automatização, o operador só precisaria intervir quando julgasse necessário”, Lucas acrescenta.
A vitória foi uma surpresa para os dois estudantes, que não economizaram adjetivos para descrever como se sentiram. “A sensação foi incrível”, conta Leon; já Lucas diz: “indescritível!”. “Foi uma surpresa incrível para mim, pois eu e Leon fomos apenas para conhecer o porto, ter nossa primeira experiência em um hackathon e aproveitar o que Suape tinha a nos oferecer”, afirma Lucas.
“Ao longo da competição, o clima e o apoio que demos uns aos outros nos motivavam a dar o nosso melhor. Sair de lá com a vitória foi muito mais do que esperávamos, sendo nosso primeiro hackathon”, Leon narra. “Apesar da dificuldade em projetar a solução devido à quantidade enorme de informações que precisávamos entender em tão pouco tempo, nosso esforço, resiliência e trabalho em equipe valeram o esforço ao final”, completa Lucas.
Futuro
Com o sucesso dessa primeira experiência, os dois estudantes pretendem continuar participando de hackathons. “Estou ansioso para continuar me desafiando. A experiência é ótima, mesmo sendo bem cansativa. As pessoas que você conhece e todo o aprendizado que você adquire compensam esse cansaço”, Leon avalia. “Ficou claro que esses eventos só têm a agregar, tanto no conhecimento técnico quanto no networking que é feito ao longo do processo”, Lucas comenta. Os dois também têm a intenção de dar continuidade ao projeto desenvolvido no hackathon, e consideram até mesmo transformá-lo em uma startup. Além disso, Leon também tem interesse em cursar um mestrado e, depois, um doutorado.