A partir do segundo semestre de 2024, o curso de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — passa a integrar a metodologia de ensino da instituição: a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), focada na retenção de conteúdos através da realização de atividades práticas. Outros seis cursos da Unit-PE já têm seus currículos enquadrados no método: Psicologia, Estética e Cosmética, Enfermagem, Direito, Administração e Nutrição.
Aprendizagem Baseada em Projetos
A ABP é uma técnica de estudos que coloca os estudantes na linha de frente da construção do conhecimento. Em contraposição ao modelo tradicional de ensino, em que os professores expõem os conteúdos para que os alunos memorizem, a técnica contribui para uma melhor aprendizagem e também uma melhor formação profissional. “Pesquisas apontam que existem lacunas entre o processo de formação do ensino superior e as demandas exigidas pelo mercado de trabalho”, explica Ivanacha Carneiro, coordenadora do curso de Fisioterapia da Unit-PE. Nesse novo modelo, portanto, os professores tornam-se mediadores, utilizando técnicas para auxiliar os estudantes no desenvolvimento dos projetos.
Segundo Ivanacha, que também é coordenadora de suporte acadêmico da Unit-PE, o modelo tradicional de ensino impacta diretamente nos estágios e nas primeiras vagas de emprego dos alunos e recém-formados. “Não se sentem prontos para encarar desafios, gerenciamento de decisões e autoconfiança no aprendizado. Pensando nisso, o Grupo Tiradentes vem implantando em seus cursos de graduação uma aprendizagem baseada em projetos, em que os acadêmicos são responsáveis por desenvolver competências através de demandas reais, investigação, trabalho em equipe, planejamento, execução de ações em diferentes situações e níveis do conhecimento”, detalha.
Fisioterapia
Ivanacha menciona algumas práticas e atividades, enquadradas na metodologia, que passarão a ser adotadas pelo curso. “Dentre os projetos ofertados para os estudantes de Fisioterapia, podemos citar as práticas integradoras em projetos de extensão, em que as equipes receberão desafios reais voltados para ergonomia e estarão, durante o semestre, realizando os diagnósticos nas empresas parceiras e propondo soluções que resultam em impactos na vida das pessoas de forma positiva”, pontua.
Além disso, a coordenadora acrescenta que também serão trabalhados aspectos da vida profissional dos alunos, como conhecimentos de hard skills e soft skills. “Os profissionais precisam desenvolver atribuições comportamentais para ter um diferencial humano a ser apresentado no seu processo de seleção, e que será relevante para escolha do candidato a ser contratado”, ressalta. Ainda segundo Ivanacha, o método aumenta o tempo de permanência dos alunos em sala de aula, devido a um maior nível de interesse pelos desafios propostos.
“Como diferencial do modelo, podemos citar os percebidos na responsabilidade do aluno, que passa a ser o protagonista, sendo um agente transformador durante o processo de sua formação”, avalia Ivanacha. Marlon Jorge, estudante do 2º período de Fisioterapia, demonstra expectativas altas com o novo modelo de aprendizagem. “Vai ser um novo método para melhorar o nosso currículo e para melhorar o nosso lado profissional”, pondera o aluno.