Acidentes, quedas ou torções podem causar traumas, como fraturas, contusões, luxações, e outros. Com esses problemas, o paciente pode acabar perdendo a mobilidade da parte do corpo afetada. Ou seja, os movimentos acabam ficando limitados, causando rigidez muscular na região ou dores. Por isso, os traumas devem ser devidamente tratados, a fim de melhorar a qualidade de vida do paciente.
Tratamentos
De acordo com Renata Coutinho, professora de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão —, os cuidados em casos de traumas dependem de alguns fatores. “As medidas tomadas dependem da intensidade, da localização, da idade do paciente, da motivação do trauma e das condições do indivíduo antes do ocorrido”, pontua.
Renata ainda alerta que, caso haja sinais claros de fratura ou a lesão tenha ocorrido em locais delicados, como cabeça ou coluna, é necessário o atendimento de emergência. Edemas intensos ou dor incompatível com a complexidade do trauma também demandam socorro imediato. “Nesses casos, é necessária a abordagem com exames de imagem, como raio X ou outros”, explica.
Casos mais leves
Já casos mais leves podem ser tratados com gelo, apesar de ser aconselhável o atendimento de saúde. “Além da crioterapia, dependendo do trauma, podem ser incluídos a drenagem linfática ou venosa, a prescrição de órteses de posicionamento, a fotobiomodulação, a eletroterapia, etc.”, acrescenta Renata. A fisioterapeuta diz ainda que um profissional de fisioterapia de primeiro contato pode fazer uma triagem e orientar as medidas a serem tomadas.
Risco em idosos
Renata afirma também que a abordagem pode ser diferente a depender da idade, já que um trauma em uma pessoa idosa pode demandar uma conduta que não seja necessária a um jovem. Natália Feitoza, também professora de Fisioterapia da Unit-PE, complementa que “as fraturas no quadril, no fêmur, no punho e no ombro são as mais frequentes” em idosos.
Natália diz que, mesmo que as lesões sejam tratadas e até mesmo operadas, a qualidade de vida do paciente mais velho pode ser afetada por um tempo ou mesmo permanentemente. “O paciente idoso sofre alterações da vascularização e inervação, reduz tônus muscular, força e massa óssea e apresenta edema nas regiões acometidas. Pode haver contraturas musculares e ligamentares, perda de movimento nas articulações e complicações respiratórias. Os fisioterapeutas buscam restaurar a função muscular e articular comprometida pela fratura, promovendo a consolidação óssea e a recuperação funcional”, detalha.