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O beijo que satisfaz também pode trazer doenças

A ciência já comprovou que beijar alguém traz muitos benefícios ao corpo e à mente, mas também pode transmitir infecções e doenças, principalmente pela saliva

às 11h20
O beijo traz benefícios e sensações de prazer, autoestima e satisfação, mas sem os devidos cuidados com a saúde bucal, pode trazer alguns riscos (Edward Eyer/Pexels)
O beijo traz benefícios e sensações de prazer, autoestima e satisfação, mas sem os devidos cuidados com a saúde bucal, pode trazer alguns riscos (Edward Eyer/Pexels)
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As festas de carnaval já passaram, mas as chamadas “ressacas” da festa ainda continuam, através de shows e festivais que começam a ser organizados de forma mais tardia. Ao mesmo tempo, começa a temporada de forró, com outros eventos mais voltados ao São João, e que têm o mesmo apelo de público nos estados do Nordeste. Em comum, uma prática muito comum entre as pessoas que gostam de curtir tais festas: a paquera, a conversa e o beijo na boca, que representa uma aproximação total entre duas pessoas que se gostam. Ou mesmo várias, já que muitos foliões “se jogam” na empreitada de beijar vários (ou várias) numa mesma noite. 

A ciência já comprovou que o ato de beijar alguém traz muitos benefícios ao corpo e à mente. Um deles é a movimentação de um total de 29 músculos, sendo 12 dos lábios e 17 da língua, o que proporciona a queima de até 18 calorias. Além disso, ele estimula a produção de hormônios, como a histamina (associada ao funcionamento do sistema imunológico), a endorfina e a ocitocina (que proporcionam sensações de prazer, bem-estar e relaxamento). E também ajuda a acelerar os batimentos cardíacos, favorecendo a boa circulação do sangue pelo corpo.  

Mas, apesar das sensações de prazer, autoestima e satisfação, aquele “beijo quente” pode trazer alguns riscos à saúde. Isto porque a boca e todo o seu sistema pode ser um transmissor de doenças. A literatura médica estima que cerca de 700 espécies de bactérias e vírus podem ser cultivadas e transmitidas através da boca, sobretudo da saliva. 

A mais comum delas é a herpes labial, que é contraída pelo contato direto dos lábios e se caracteriza pelo aparecimento de bolhas e feridas. Em geral, ela não é grave e pode durar até sete dias, mas traz o risco de reincidir a qualquer momento. Entre as outras doenças e infecções transmitidas pela boca, estão sífilis, caxumba, alguns tipos de gripe e resfriados. 

Outra doença, mais comum entre adolescentes e jovens de até 30 anos, é a mononucleose infecciosa, causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV). Conhecida como “doença do beijo”, apresenta sintomas que podem ser amenizados, como febre prolongada, aumento do baço e dos gânglios do pescoço, fadiga, cansaço, perda de apetite e manchas avermelhadas na pele, entre outros. A pessoa infectada, em geral, consegue se recuperar em poucos dias, mas fica com o vírus presente no corpo pelo resto da vida e, mesmo sem a apresentação de sintomas, pode contaminar outras pessoas, além de representar um fator de risco para outras condições de saúde, como o lúpus e a diabetes.

Uma das formas de prevenir estas doenças é a manutenção de uma boa higiene bucal, com a escovação correta e regular dos dentes, o uso de fio dental e visitas regulares ao dentista para limpeza e tratamentos preventivos. Beber muita água e moderar o consumo de doces e bebidas alcoólicas também estão entre os cuidados que podem ser adotados.

Asscom | Grupo Tiradentes
com informações de Rede d’Or e SES/SE

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