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Novo álbum de Zé Ramalho reforça sua identidade nordestina

Revigorado e com 12 músicas autorais, o álbum ‘Ateu psicodélico’ é considerado uma grande viagem mística no universo de Zé Ramalho

às 10h52
O cantor e compositor paraibano Zé Ramalho: fusão do rock com a música nordestina dá a tônica de seu mais novo trabalho autoral (Divulgação)
O cantor e compositor paraibano Zé Ramalho: fusão do rock com a música nordestina dá a tônica de seu mais novo trabalho autoral (Divulgação)
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Para viajar sem sair do lugar. Essa foi a definição atribuída pelo músico, cantor e compositor Zé Ramalho ao seu mais novo álbum, intitulado Ateu psicodélico. O trabalho traz 12 músicas inéditas, as quais reforçam a identidade nordestina do mestre da MPB. 

Gravadas entre abril e julho deste ano, as composições reconectam Zé Ramalho a um movimento cultural que agitou o cenário underground de Pernambuco nos anos 1970, o chamado “Turbilhão de Imagens”. As letras surgiram na mente criativa do cantor e compositor, ao longo do período de isolamento social em razão da pandemia da Covid-19.

Na faixa intitulada “Martelo Armagedon”, os versos “Eu já cantei com Raul Seixas / Já cantei com Gonzagão / Cantei com o Sepultura / E muito mais vou cantar / Eu vou viajar”, ganham ainda mais peso com a guitarra de Andreas Kisser, peso-pesado do universo metaleiro e ícone da banda Sepultura. 

A mistura de ritmos, que primam pelo regionalismo das violas, cantadores e sanfonas, se fundem a elementos do rock e de outros estilos musicais, resultando em uma experiência sensorial ao público. Essa fusão fica nítida quando se ouve a balada “Sextilhas Filosóficas”, onde o profeta do sertão paraibano vislumbra o desconhecido. 

Lançado em 9 de setembro, em parceria dos selos Avohai Music (de Zé Ramalho) e Discobertas (do produtor e pesquisador musical Marcelo Fróes), Ateu psicodélico é considerado por vários críticos musicais como um verdadeiro movimento de fé no poder regenerador da música.

Asscom | Grupo Tiradentes

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