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Entenda a importância da educação inclusiva

A modalidade de educação inclusiva é para todos e integra os alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares

às 20h12
A educação inclusiva busca ampliar o contato e a interação entre os estudantes, o que possibilita maior socialização e mais aprendizados (Fabiana Carvalho/Agência Senado)
A educação inclusiva busca ampliar o contato e a interação entre os estudantes, o que possibilita maior socialização e mais aprendizados (Fabiana Carvalho/Agência Senado)
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A universalização da educação básica, é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014 e com base na Lei nº 13.005. Ele prevê a chamada educação inclusiva, garantindo que toda e qualquer pessoa que apresente algum tipo de deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades com idades entre 4 e 17 anos têm direito à educação e ao atendimento educacional direcionado às suas necessidades.

Segundo o professor Anderson Teixeira, do curso de Pedagogia EAD da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), isso corresponde a um tipo de ensino voltado para pessoas que têm necessidades educacionais especiais. “Hoje, temos uma possível valorização no que diz respeito às diferenças entre as pessoas. Através dela, há a possibilidade de integrar os alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, o que repercute em um trabalho mais humanístico”, destaca.

Outro ponto a ser analisado é que não se deve confundir educação inclusiva com educação especial, já que cada uma tem um entendimento de como as necessidades educacionais dos alunos devem ser atendidas. “A primeira corresponde a um tipo de ensino que integra os alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares. Já a segunda corresponde a um tipo de ensino que atende alunos com necessidades educacionais especiais em ambientes especializados”, explica Anderson.

O pedagogo acrescenta que, enquanto na educação inclusiva amplia-se o contato e a interação, o que possibilita maior socialização e mais aprendizados, a educação especial traz uma limitação, já que o trabalho é desenvolvido apenas entre pessoas com deficiência. “A educação inclusiva não exclui ninguém. Muito pelo contrário. Em seus princípios, ela ressalta uma educação para todos, sem exceção. Nessa perspectiva, além das pessoas com deficiência, também há um olhar minucioso para as questões que perpassam pelo gênero, etnia, sexualidade, dentre outros”, pontua.

Formação

Ter uma equipe de professores preparada para realizar o trabalho inclusivo é o elemento primordial para o sucesso desse modelo educativo. Segundo o professor, os benefícios da educação inclusiva se fazem presentes quando, por exemplo, os alunos com necessidades educacionais especiais têm a oportunidade de socializar junto aos outros tidos como normais, o que repercute em maiores e melhores desempenhos de cunho emocional, cognitivo e executivo. Já os pontos negativos podem estar em deficiências como a falta de formação entre os professores do ensino regular, que pode repercutir negativamente na desenvoltura desses alunos.

Toda a comunidade escolar precisa falar a mesma língua. Por isso, a atuação da gestão é importante para a efetivação da educação inclusiva. “O gestor escolar precisa gerir todo o processo de forma ativa, dinâmica e integradora.  Nessa perspectiva, as ações precisam estar totalmente relacionadas e alinhadas à acessibilidade universal, identificando necessidades e possíveis adaptações curriculares, promovendo formação continuada, estrutura física, apoio de outros profissionais especializados, dentre outras necessidades”, ressalta Teixeira.

Os desafios para a efetivação da educação inclusiva ainda são muitos, principalmente quanto à dificuldade da comunidade escolar para lidar com as inúmeras necessidades educacionais. “Ainda há muito preconceito, além de uma grande falta de estrutura física e metodológica nos espaços escolares. Futuramente, se a demanda continuar a aumentar como vem acontecendo atualmente, creio que iremos ter um grande colapso no sistema de ensino”, salienta o professor. 

Asscom | Grupo Tiradentes

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