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Os cuidados com a exposição excessiva nas redes sociais

É preciso tomar cuidado com a exposição excessiva nas redes sociais, pois o mundo digital pode trazer prejuízos para a vida real

às 16h04
Para professora, as redes sociais foram criadas para aproximar pessoas e não para serem usadas como “meio de fuga” da realidade (Roman Odintsov/Pexels)
Para professora, as redes sociais foram criadas para aproximar pessoas e não para serem usadas como “meio de fuga” da realidade (Roman Odintsov/Pexels)
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As experiências online estão cada dia mais inseridas no dia a dia da população, principalmente, com o crescimento do uso das redes sociais. Hoje, é possível comprar uma variedade de produtos no mundo virtual e comprovar, ou não, sua eficácia por meio dos perfis dos influenciadores digitais. A característica mais forte dessa profissão de influencer é a exposição excessiva nas redes sociais.

Alimentar por quase 24 horas a necessidade que os seguidores têm em relação à vida de uma pessoa pode trazer consequências. A professora e psicóloga Marcela Teti, integrante do Núcleo de Desenvolvimento Docente (NDD) do Grupo Tiradentes, afirma que a sociedade conectada é um efeito da evolução da própria sociedade.

“Não foi o resultado do desejo de alguém escondido que tramou algo para prejudicar a todos, mas sim o reflexo de uma civilização que cada vez mais se complexifica para atender suas próprias necessidades. Assim, as redes sociais digitais e a própria internet não são um monstro contra o qual lutar. São fatos e instrumentos a partir dos quais a sociedade funciona”, explica.

Por outro lado, Marcela chama a atenção que existe vida fora do digital e que o indivíduo precisa cuidar das relações do mundo real. “Nós ainda não somos 100% máquinas, logo você precisa cultivar suas relações com as pessoas que fazem parte do seu cotidiano. A superexposição à internet, te faz negligenciar o ser humano que você é e isso é ruim”, afirma.

Recentemente, virou notícia o caso do influencer ‘Luva de Pedreiro’, que apesar de estar em seu auge, com mais de 18 milhões de seguidores, resolveu parar de compartilhar vídeos e fotos nos quais jogava futebol, por não suportar a superexposição. “Alguns influencers estão tendo esta atitude de desistir ou saindo de férias para deixar o vício do trabalho com a internet. É uma decisão de autocuidado, creio eu”, analisa a psicóloga trazendo a possibilidade desse afastamento ser uma estratégia de mudança de carreira.

“Pode acontecer também de ele ter desistido de divulgar o que divulgava com aquela conta. Em alguns meses, reaparece com outros serviços. Encerrar um negócio e começar outro é bem normal. Do mesmo modo, desistir da vida de famoso. No mundo da televisão temos [como exemplo] a atriz Ana Paula Arósio que desistiu da fama para cuidar de si. Pode acontecer e isso não deveria ser uma surpresa ou estranhamento”, observa.

É necessário lembrar que rede social não é sua vida ou a representação de quem você é. Apesar de alguns perfis digitais parecerem um ‘livro aberto’, essa exposição pode ser usada com cautela e objetivo. “Organize a sua persona para que seja íntegra com o que faz. Do mesmo modo, evite discussões, debates e desrespeito. Tenha inteligência emocional e cuide do que diz. Experimente passar um tempo longe das redes. Vá caminhar, faça academia, marque na agenda a hora em que irá acessar as redes sociais, até mesmo o whatsapp”, aconselha Teti.

Marcela enfatiza que, ao primeiro sinal de dependência emocional dessa exposição excessiva, motivada pela vida real parecer ‘ruim demais’, a ajuda profissional deve ser procurada. “A internet é um instrumento para facilitar sua vida, não é a negação da sua existência. Logo, uma psicóloga ou um psiquiatra podem te ajudar a se equilibrar emocionalmente e quem sabe te orientar a realizar as mudanças na sua vida pessoal de modo que volte a sentir felicidade e satisfação cotidianamente”, finaliza.

Asscom | Grupo Tiradentes

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