Gráficos que subiam em disparada agora caem em queda livre e uma inversão no número de registros de covid e morte é nítido no país. Este é o retrato de 1 ano de vacinas no Brasil.
Quando considerado o cenário desolador do estados brasileiros com registro de superlotação de cemitérios um ano atrás, onde inúmeras covas foram abertas todos os dias com a certeza de serem preenchidas, o estado de estabilidade que os dados da Covid-19 apresentam hoje passam certa tranquilidade e retratam a necessidade de defesa da ciência e valorização dos profissionais de saúde.
Os registros diários de casos e mortes pela Covid-19 apresentavam ascensão e riscavam o gráfico sem freios, a saída dos governos estaduais, na ausência de vacinas, era restringir a mobilidade das pessoas com o famoso lockdown. Ainda assim, os gráficos alternavam entre estabilidade e alta devido às festas clandestinas, fluxo de pessoas potencialmente infectadas que chegavam aos portos e aeroportos e a classe trabalhadora que precisava se amontoar nos transportes públicos para garantir seu emprego.
Unidades de terapia intensiva equilibravam entre cem e noventa por cento da capacidade, o vírus ainda pouco conhecido e com capacidade de mutação rápida zerou estoques de equipamentos individuais de proteção e até de oxigênio.
Hoje, após muito confronto ideológico em torno das vacinas, o Brasil encontra-se com 70% da população vacinada. Cerca de 152 milhões de pessoas já estão completamente vacinadas, ou seja, com duas ou três doses aplicadas.
O start da vacinação em 17 de janeiro de 2021 no país marcou o início de uma guerra ideológica travada pelo governo federal e seus apoiadores, mas não apagou o excelente desempenho do Brasil no que se refere a vacinação e combate a doenças. Através do Plano Nacional de Imunização (PNI), fundado em 1973, o Brasil conseguiu erradicar doenças como varíolas, poliomielite e zerar mortes por algumas outras doenças como sarampo e rubéola.
Todos os anos, o programa distribui cerca de 300 milhões de doses de vacinas com a mesma finalidade das vacinas da Covid-19, proteger e zerar ou de morte.