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Tapioca: saiba como surgiu a iguaria

A tapioca tem mais de 500 anos e hoje é patrimônio imaterial da cidade de Olinda-PE

às 14h17
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Você sabe como surgiu a tradicional tapioca? A principal iguaria da culinária nordestina tem mais de 500 anos e surgiu no território brasileiro bem antes dos portugueses invadirem. A tapioca tem como matéria prima a mandioca, raiz rica em nutrientes como fibras, carboidratos, potássio e cálcio, dela é feita a farinha, ou goma, que quando peneirada, origina o prato que quebrou as fronteiras do nordeste e hoje é consumido por todo o Brasil.

Onde tudo começou

Em geral, a mandioca tem origem na América do Sul, mas muitos estudiosos afirmam que a primeira vez que os europeus tiveram contato com a mandioca foi em terras brasileiras,, o que pode significar que a mandioca seja especificamente brasileira e precisamente nas imediações do Alto Rio Madeira, em Rondônia. Os registros contam que há muito tempo a mandioca era um alimento consumido pelos indígenas de diferentes formas, como tapioca, que não era a preferida dos indígenas, com frutas, peixes, carnes e já preparavam o biju, primo da tapioca que tem a mesma forma de preparo, só que fica aberto.

Durante o período colonizador português a tapioca se espalhou e acabou virando alimento dos escravos que passaram pelas terras do Brasil. Nesse período, por volta de 1500, o coco foi incorporado à iguaria e ficou bem popular nas regiões norte e nordeste, com o passar do tempo e através de todas as revoluções históricas, foi adotada pela cultura nordestina e hoje é símbolo e patrimônio cultural, como é o caso da cidade de Olinda, cidade irmã da capital de Pernambuco, Recife.

Patrimônio que movimenta a economia

Em 2006, a Prefeitura da cidade de Olinda, junto ao Conselho de Preservação do Sítio Histórico tornaram a tapioca patrimônio imaterial e cultural da cidade, bem como assegura a constituição, no artigo 216. que todo bem material e imaterial, produzido individualmente ou em conjunto que referenciam memória, práticas e costumes dos grupos sociais nativos pode ser reconhecido como patrimônio. Anualmente ocorre o Festival da Tapioca na cidade, o evento geralmente reúne 70 tapioqueiras e junto ao comércio de artesanato movimenta cerca de 3 milhões de reais na economia local, considerando o cenário pandêmico.

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