Das 89 milhões de pessoas que conseguiram se inserir no mercado de trabalho no país ao longo do segundo trimestre deste ano, encerrado em julho, 80% foram para serviços informais, ou seja, sem carteira assinada. É o que apontou a Pnad Contínua, pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, 53% desses trabalhadores informais estão atuando sem nenhum registro oficial ou segurança social, sobretudo em atividades por conta própria, como camelôs, vendedores de comida de rua ou pequenos empreendedores.
A Pnad Contínua apontou ainda que o número de pessoas trabalhando cresceu 8,6% nesse mesmo trimestre encerrado em julho de 2021, comparando com o mesmo período do ano passado. O aumento do número de pessoas trabalhando é um reflexo da redução nas restrições de circulação e de uma recuperação do mercado de trabalho nos últimos meses.
Trabalhar na informalidade significa não saber o que esperar no fim do mês, ou no mês seguinte, ou seja, não há qualquer tipo de segurança, benefício ou seguridade. Sem contar que o trabalhador informal tem menos acesso ao crédito e a instituições financeiras que poderiam oferecer conta corrente ou cartão de crédito.
A pesquisa do IBGE aponta ainda que houve um recuo do desemprego no trimestre encerrado em julho, com uma taxa de desocupação de 13,7% no período. Nos mesmos meses do ano passado, essa taxa foi de 13,8%. No total, de acordo com o IBGE, são 14,1 milhões de desempregados e 31,7 milhões de trabalhadores subutilizados no mercado de trabalho. No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego ficou em 14,1%, atingindo 14,4 milhões de pessoas.
Asscom | Grupo Tiradentes