Os últimos anos marcaram uma mudança importante no sistema bancário brasileiro. Um setor que era extremamente concentrado e dominado por poucos nomes viu, de uma hora para outra, o surgimento de uma porção de novas empresas totalmente digitais. Como em tantos outros setores, a pandemia acelerou o processo de digitalização.
Hoje em dia, ter uma conta digital virou algo bem comum. Um exemplo deste cenário é o recebimento do auxílio emergencial por milhões de pessoas, através das contas digitais criadas pela Caixa Econômica Federal. Um estudo realizado pelo IPEC, instituto fundado por ex-executivos do Ibope, revela que 36% dos brasileiros disseram ter aberto uma conta digital neste período de pandemia. Outro dado mostra que 57% das pessoas que possuem internet no país, tem uma conta digital.
“A pandemia do coronavírus mudou bastante nossa realidade e impôs o distanciamento social. Com isso, muita gente recorre às plataformas e aplicativos digitais dos bancos para resolver pendências do dia a dia. Estamos vivendo a era digital, em que instituições financeiras tradicionais e startups (as fintechs ou bancos digitais) coexistem e competem pela atenção e pela movimentação financeira da população brasileira”, destaca o economista Josenito Oliveira, professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe).
Essa pulverização do setor bancário era algo impensável nos últimos anos, mas o cenário atual do mercado conta com uma série de bancos digitais, os quais surgiram com a proposta de serem de fato totalmente digitais, ou seja, sem agências físicas. Essa tendência foi estimulada pelas fintechs, que são startups financeiras, as quais surgiram com a finalidade de oferecer diversos serviços financeiros. Algumas delas cresceram tanto, que se transformaram em bancos.
“Diversos bancos tradicionais do país também viram um aumento na abertura de contas digitais pela internet. O fato é que esse novo cenário trouxe mudanças importantes e encurtou em alguns anos o processo de digitalização dessas instituições financeiras”, analisou Josenito.
Asscom | Grupo Tiradentes