A pandemia alterou o modo como as empresas utilizam os dados. Segundo a Pesquisa Global de Gestão de Dados 2021, 72% delas acreditam que a aceleração da transformação digital tornou seus negócios mais dependentes de dados e insights de dados. O levantamento da Insight Avenue foi realizado para a Experian em novembro de 2020 e reuniu respostas de 700 líderes de negócios do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Brasil sobre o uso estratégico dos dados no novo cenário mundial. Os entrevistados atuam em diferentes departamentos, como finanças, tecnologia, operações, atendimento ao consumidor, gerenciamento de dados, entre outros.
Conclui-se que a análise de dados está se consolidando como ferramenta essencial para obter percepções sobre principais aspectos da gestão. Mesmo com esta crescente demanda, que aumentou na pandemia, um terço dos entrevistados ainda enfrenta a má qualidade das informações capturadas, segundo a pesquisa da Experian.
Somente no Brasil, 83% dos participantes confirmaram a informação sobre a existência de dados imprecisos e pouco confiáveis, que não estavam prontos para sustentar a rápida transformação que o novo cenário exigia. Para 62% dos empresários brasileiros que responderam a pesquisa, é prioritário melhorar sua qualidade.
A crise sanitária acelerou o processo de digitalização dos negócios e os dados são fundamentais para ajudar os líderes a tomarem decisões mais acertadas, mas também tornam os negócios mais dependentes deles. Por isso, a importância da qualidade destas informações armazenadas sobre consumidores e empresas.
Análise de dados
A falta de segurança nestas informações impacta a agilidade de atendimento das necessidades em constante mudança dos clientes, que priorizam compras e outras experiências on-line. A falta de profissionais com habilidade para a análise desses dados também é outra questão atual. Investir em mais tecnologia para as equipes, bem como em treinamento e melhoria dos processos é fundamental.
Ainda segundo o relatório da Experian, a pandemia do novo coronavírus mostrou como os dados podem ser utilizados em benefício da sociedade. No Brasil, 87% dos líderes que responderam a pesquisa afirmaram que poderiam usar seus dados em objetivos que visem o bem comum, como o compartilhamento de talentos, trabalho voluntário e repasse de informações para organizações não-governamentais ou órgãos do governo.
Uso estratégico
Dados qualificados serão vitais para diferentes setores de uma empresa, como o gerenciamento de sistemas de pagamentos baseado em habilidades e gerenciamento de desempenho. O suporte de Inteligência Artificial e Machine-learning estão avançando nos processos de Recursos Humanos e muitas empresas já usam ferramentas para ajudar os gerentes a envolver os funcionários nos momentos apropriados. Coletar e organizar dados e compartilhá-los com os líderes ajuda a melhorar a capacidade de escuta da organização.
Também há um número crescente de processos e práticas de Recursos Humanos que reúnem dados relevantes, como pesquisas de engajamento, gestão de desempenho e avaliações executivas. A análise de dados tem assumido um papel de liderança na sustentação de uma melhor tomada de decisão também para a gestão de talentos.
Proteção de dados
Milhares de empresas trabalham de forma direta ou indireta com dados pessoais de clientes. Com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), empresas públicas e privadas que coletam, tratam, guardam, processam, comercializam, dentre outras operações, os dados pessoais de milhões de brasileiros devem garantir a sua proteção e privacidade, sob risco de fortes penalidades.
A LGPD regulamenta a política de proteção quanto a maneira como empresas e órgãos públicos tratam a segurança das informações de usuários e clientes. Todas as empresas precisam ter políticas ou programas de proteção de dados comprometidos com a proteção da privacidade e da segurança de clientes e usuários. Além de ser obrigatório por lei, será também uma exigência das pessoas para que as empresas garantam a segurança de seus dados.
Asscom | Grupo Tiradentes