Dona de uma personalidade musical forte e enraizada nos elementos do Nordeste brasileiro, a paraibana Elba Ramalho celebra seus 70 anos de idade com uma trajetória marcada por grandes sucessos, pela luta contra o preconceito e em defesa da região.
A cantora, que chegou a integrar o Quinteto Violado ao iniciar a carreira, na década de 1970, despontou para os palcos na cidade do Rio de Janeiro. A música, no entanto, sempre foi uma de suas muitas paixões, já que os palcos dos teatros também evidenciaram a atriz Elba Ramalho. O álbum Ave de Prata (1979) foi o pontapé inicial na carreira da artista, que lançou em sequência os discos Capim do Vale (1980) e Elba (1981).
A partir de 1981, ano em que projetou em escala nacional o xote “Bate Coração” (Cecéu, 1980), lançado no ano anterior pela antecessora Marinês (1935-2007) em registro fonográfico irradiado somente pelo nordeste do Brasil, Elba Ramalho aderiu ao tecnopop formatado em estúdio pelo mago dos teclados Lincoln Olivetti (1954-2015). Sem perder a pegada forrozeira, lustrada pelo verniz tecnopop típico dos anos 1980, Elba se tornou estrela radiante da música brasileira, com as edições de álbuns festivos como Alegria (1982), Coração Brasileiro (1983) e Do Jeito que a Gente Gosta (1984).
Aos 70 anos, Elba Ramalho é a voz de uma pessoa que driblou estigmas e fez eventuais concessões ao mercado, se impôs como cantora orgulhosa da origem paraibana, com raízes fincadas na música da nação nordestina e antenas ligadas para captar os sinais e os sons de todo o Brasil.
Asscom | Grupo Tiradentes